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São Paulo tem 51 praias impróprias em meio a casos de virose

Mapeamento da Cetesb aponta aumento de praias sem condições para banho do litoral paulista e aponta desafios na infraestrutura

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Litoral de São Paulo tem 51 praias impróprias para banho | Foto: Reprodução
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A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) atualizou na última quinta-feira (9), duas semanas após o início do verão, a qualidade das praias do litoral paulista. De acordo com o mapeamento feito em 175 praias monitoradas pelo órgão estadual, 51 estão impróprias para banho.

O levantamento ainda revela 38 locais inadequados para balneabilidade na Baixada Santista e no litoral norte, em comparação com os 18 pontos da última avaliação, no dia 21 de dezembro.

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Esse cenário de deterioração é atribuído às chuvas que afetaram a região litorânea, à alta concentração de turistas nas cidades devido às férias e à disseminação de uma virose que tem lotado unidades de saúde em municípios como Santos, Praia Grande e São Sebastião.

Santos, com sete pontos impróprios, é a cidade mais afetada, seguida por São Sebastião (sete pontos, em 30 avaliados) e Praia Grande (seis pontos). Além disso, houve um aumento no número de cidades com praias inadequadas, passando de sete para dez, incluindo Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela, Guarujá, São Vicente, Mongaguá e Itanhaém.

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A Cetesb registrou que, ao contrário dessas cidades, em Bertioga, Peruíbe, Cubatão, Iguape e Ilha Comprida as praias estão dentro dos parâmetros adequados. A balneabilidade das praias podem ser consultadas on-line através dos site da Companhia.

A Prefeitura de Guarujá informou que notificou a Sabesp sobre possíveis vazamentos e ligações irregulares de esgoto na região da praia da Enseada, suspeitando que isso tenha contribuído para o aumento dos casos de gastroenterocolite aguda. No entanto, a Sabesp afirmou que o surto não está relacionado à operação do serviço de água e esgoto.

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Em Santos, houve um aumento no número de atendimentos para virose nas UPAs, de 2.147 para 2.264, entre novembro e dezembro, com um pico de 273 atendimentos nos primeiros três dias de janeiro. O hospital Santa Casa também registrou 109 casos de virose nos dois primeiros dias de janeiro, com uma média de 54 por dia, bem acima da média anterior de 20 casos diários.

Apesar da situação desfavorável neste verão, Santos apresentou uma melhora em 2024, com todas as suas praias classificada como "ruim", mas sem nenhuma considerada péssima pela primeira vez desde 2017.

Como a Cetesb define a qualidade das praias?

Semanalmente técnicos do órgão estadual visitam as praias do litoral paulista e recolhem amostras retiradas de um metro de profundidade do mar. Ainda no local, os profissionais anotam a temperatura da água, como estava o ar no momento da coleta, se chovia e se havia outros materiais.

As amostras são levadas a um laboratório, que é o local onde bactérias e águas são separadas. Os especialistas colocam as amostras em estufas com a temperatura de 45º, cenário perfeito para o desenvolvimento dos microrganismos coletados.

Com essa movimentação natural, os técnicos conseguem enxergar com maior clareza a concentração de bactérias. Essas análises verificam se o cidadão pode ter contato com essa praia sem prejudicar sua saúde.

A mudança da cor da bandeira depende do resultado das últimas cinco coletas realizadas pela Cetesb e a partir de critérios do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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