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Brasil

PF reforça apoio a estados em operações contra intoxicação por metanol em bebidas adulteradas

Ministério da Justiça mobiliza perícia avançada e logística nacional para rastrear origem da substância e auxiliar investigações

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Em meio ao aumento de casos suspeitos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) colocou nesta sexta-feira (3) a Polícia Federal (PF) à disposição dos estados e do Distrito Federal para apoiar operações emergenciais.

O governo pretende auxiliar as Polícias Científicas estaduais na identificação do chamado “DNA do metanol”, para verificar se a substância tem origem vegetal ou de combustíveis fósseis.

O Instituto Nacional de Criminalística da PF será responsável pelos exames avançados de isótopos estáveis, técnica capaz de rastrear a origem do metanol em amostras contaminadas.

A atuação da PF também será logística, com o transporte de amostras suspeitas para laboratórios de referência e a utilização de suas 49 unidades de criminalística como pontos de coleta em todo o país.

O plano prevê ainda orientações especializadas para análise de embalagens, rótulos e lacres de bebidas, além do uso de técnicas de Epidemiologia Forense para mapear casos de intoxicação e óbitos. A meta é identificar padrões, estabelecer vínculos de causalidade e fortalecer a resposta investigativa.

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Operações

Nesta sexta-feira (3), a PF e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizaram nova etapa de fiscalização em indústrias de bebidas em três estados: Poços de Caldas (MG), Chapecó e Joinville (SC) e Campinas (SP).

As ações ocorreram após dezenas de casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. Uma morte já foi confirmada em São Paulo, e outros casos seguem em investigação.

Foram coletadas amostras de produtos produzidos e armazenados pelas empresas fiscalizadas, que serão encaminhadas a laboratórios para análise químico-sanitária.

Na noite de quinta-feira (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que acionou autoridades e órgãos reguladores internacionais para viabilizar a importação de fomepizol, antídoto para intoxicação por metanol. O medicamento não possui registro no Brasil, o que obriga a busca por fornecedores estrangeiros para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos continuam a ser identificados no país. A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana confirmaram nesta sexta-feira (3) a morte de um homem de 56 anos com suspeita de intoxicação por metanol.

Em Pernambuco, uma nova ocorrência foi registrada na quinta-feira (2), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, envolvendo uma mulher que passou mal após ingerir vodka.

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