Publicidade
Brasil

Moraes manda PF abrir inquérito sobre vazamento de conversas de juiz auxiliar de seu gabinete e membro do TSE

Diálogos revelados em reportagem de jornal têm pedidos de dados de forma informal para abastecer inquéritos contra bolsonaristas no Supremo

Imagem da noticia Moraes manda PF abrir inquérito sobre vazamento de conversas de juiz auxiliar de seu gabinete e membro do TSE
O ministro Alexandre de Moraes em Fórum Internacional de Justiça e Inovação em 2023 | Reprodução Alejandro Zambrana/TSE
Publicidade

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Polícia Federal (PF) abrir investigação sobre o vazamento de dados de conversas entre seus auxiliares no gabinete e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante período em que foi presidente, sobre pedidos entre os órgãos para abastecer os inquéritos criminais contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os pedidos do juiz auxiliar Airton Vieira, do gabinete de Moraes no STF, teriam sido feitos a Eduardo Tagliaferro, perito criminal que era chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, durante a presidência de Moraes na Corte Eleitoral.

+Moraes diz que pedido ao Tribunal Superior Eleitoral era "caminho mais eficiente" para investigações

O conteúdo foi revelado em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, na última semana, que apontou possíveis irregularidade nos pedidos diretos e informais entre os auxiliares das duas cortes para abastecer a investigação do inquérito das Fake News, sob relatoria de Moraes no Supremo.

O inquérito foi aberto na segunda-feira (19). O perito Tagliaferro, que não trabalha mais no TSE, foi intimado a depor e deve comparecer nesta quinta-feira (22), na Superintendência da PF em São Paulo, onde será ouvido por um delegado. O ex-chefe do setor de investigação do tribunal foi preso em maio de 2023, por violência doméstica e foi demitido do cargo.

Sem irregularidades

Moraes afirmou, após as revelações, que as solicitações estão devidamente inscritas no processo e "foram feitas a inúmeros órgãos, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à democracia e às Instituições".

Em nota, o gabinete do ministro informou que "vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República." "Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República."

+ PODER EXPRESSO | Jornal aponta que Moraes teria usado TSE de maneira extra-oficial

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade