Economia

Déficit das estatais federais soma R$ 6,3 bilhões até novembro, aponta BC

Em relação ao acumulado até outubro, houve leve redução, já que o déficit era de R$ 6,35 bilhões

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Déficit em estatais federais soma R$ 6,3 bilhões | Divulgação/Marcos Oliveira/Agência Senado

O déficit acumulado das empresas estatais federais entre janeiro e novembro chegou a R$ 6,3 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (30). Foi o segundo maior valor da série histórica iniciada em 2002, atrás apenas do registrado no ano passado, quando o rombo foi de R$ 6,7 bilhões.

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O resultado indica que os gastos dessas estatais superaram a receita gerada no período. Em relação ao acumulado até outubro, houve leve redução, já que o déficit era de R$ 6,35 bilhões. A série do BC não inclui Petrobras, Eletrobras nem instituições financeiras públicas.

Financiamento das empresas

O cálculo considera a necessidade de financiamento das empresas, ou seja, se demandam mais recursos do Tesouro Nacional ou se contribuem para os cofres públicos. O desempenho negativo é influenciado principalmente pela situação fiscal dos Correios, que estima precisar de até R$ 20 bilhões para recuperar a sustentabilidade até 2027. Neste ano, a estatal já firmou um empréstimo de R$ 12 bilhões para tentar reverter 12 trimestres consecutivos de prejuízo.

Os Correios acumulam déficits nos últimos anos. Em 2024, o resultado negativo foi superior a R$ 2,5 bilhões. No primeiro semestre de 2025, o prejuízo ultrapassou R$ 4 bilhões e pode chegar a R$ 10 bilhões até dezembro, podendo atingir R$ 23 bilhões em 2026 caso não haja mudanças. Atualmente, a empresa enfrenta um déficit estrutural de mais de R$ 4 bilhões anuais devido à obrigação de universalização do serviço postal.

Para reverter o quadro, os Correios anunciaram nesta segunda-feira um plano de recuperação que prevê o fechamento de mil agências, a demissão de 15 mil funcionários e a geração de receita por meio da venda de imóveis e ativos.

Correios podem precisar de R$ 8 bi 'extras'

Os Correios estudam a necessidade de uma nova operação de crédito, mesmo após a contratação de um empréstimo de R$ 12 bilhões para reestruturar a estatal.

O plano também deve reavaliar todos os contratos que representam mais de 80% dos custos da estatal hoje.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Rondon afirmou que a forma da operação ainda está em análise, podendo ocorrer por meio de novo empréstimo ou aporte da União.

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