Janja sai em defesa de Lula após fala contra Israel: "Se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu"
Presidente comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza às ações de Adolf Hitler contra judeus no Holocausto, no domingo (18)
A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, defendeu nesta segunda-feira (19) as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (18) sobre a atuação de Israel na Faixa de Gaza. Na ocasião, o petista comparou os ataques israelenses na região às ações de Adolf Hitler contra judeus no Holocausto, o que levou o governo de Israel a declarar Lula como "persona non grata".
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Segundo Janja, a fala de Lula "se referiu ao governo genocida [israelense] e não ao povo judeu". "Sejamos honestos nas análises", acrescentou.
A primeira-dama falou ainda ter orgulho do marido, que, ressaltou ela, desde o início do conflito em Gaza, em outubro do ano passado, "tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas".
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"Tenho certeza que se o presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus."
As manifestações de Janja foram feitas no X. Ela conclui a publicação dizendo ser necessário que o mundo se indigne com o assassinato de cada uma das crianças em Gaza e se una, de forma urgente, na construção da paz.
No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou as palavras de Lula como "vergonhosas e graves" e afirmou que elas cruzaram "uma linha vermelha".
O grupo Judeus pela Democracia, que apoiou Lula nas eleições de 2022, classificou como “vergonhosa” a fala do petista comparando a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.