Intermediário de contrato de patrocínio do Corinthians envolvido em escândalo teme torcida
Alex Cassundé quer que a Justiça decrete sigilo nas investigações sobre o contrato assinado entre o Timão e a Vai de Bet
O empresário Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, quer que a Justiça decrete sigilo nas investigações sobre o contrato assinado entre o Corinthians e a empresa de apostas esportivas Vai de Bet. Cassundé fez o pedido através de seus advogados, na quarta-feira (19). A alegação é de que "se trata de fatos envolvendo um dos maiores clubes de futebol do país que é movido por este esporte".
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Cassundé é investigado no inquérito de lavagem de dinheiro. Ele teria recebido uma comissão de R$ 1,9 milhão por intermediar o contrato por meio de uma de suas empresas, a Rede Social Media Design. Parte desse dinheiro teria sido enviado para uma empresa de fachada, a Neoway Soluções Integradas.
A Polícia Civil já tem provas de que a Neoway é uma espécie de "lavanderia de dinheiro sujo". O nome de uma mulher que cria sozinha três filhos pequenos em um bairro carente de Peruíbe, no litoral paulista, foi usado para abertura da empresa fantasma. O escândalo levou a Vai de Bet a rescindir o contrato de patrocínio de R$ 370 milhões com o Corinthians.
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Medo da torcida – O advogado Claudio Salgado, que representa Cassundé no inquérito, afirmou no pedido de sigilo das investigações que o Corinthians "é o clube com a maior torcida do Brasil, o que torna perigoso aos investigados". Segundo ele, os fatos investigados "já estão na maioria dos jornais, bem como nos telejornais de diversas emissoras".
Alex Cassundé já foi intimado e será ouvido na próxima terça-feira (25), pelo delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).