Cães viram alvos de criminosos por "incomodar o tráfico" no Rio; 3 foram baleados

A violência do Rio de Janeiro não tem poupado nem os animais. Na semana passada, um macaco-prego morreu após ser alvo de tiros de chumbinho, na Gávea, zona sul. Agora, um cachorro foi jurado de morte por traficantes da comunidade Para-Pedro, em Irajá, na zona norte, e acabou baleado na pata.

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Segundo moradores, ele foi atingido porque latia demais e corria atrás das motocicletas da região – algumas delas usadas por criminosos. Os traficantes teriam ficado irritados com o animal por "incomodar o tráfico".

Batizado de Irajá, o cão foi atingido na pata dianteira esquerda. O disparo fraturou o osso e causou a perda de um dos dedos. O animal foi socorrido e encaminhado ao Hospital Veterinário Jorge Vaitsman, na Mangueira, zona norte, onde passou por cirurgia. Ele segue internado e, de acordo com a unidade, ainda não há previsão de alta.

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Casos como esse, segundo a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, são cada vez mais frequentes – em que cães são executados ou feridos por estarem, de alguma forma, atrapalhando as atividades criminosas.

No início do mês, Hércules, um cão da raça Pitbull, levou três tiros na comunidade do Batan, em Realengo, zona oeste. Ele também foi atendido no hospital Jorge Vaitsman e permanece sob os cuidados da prefeitura em um abrigo. O motivo do ataque teria sido, mais uma vez, o incômodo que causava aos traficantes.

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Já na última quarta-feira (24), a cadelinha Nina foi atingida por uma bala perdida em frente de casa, durante um tiroteio entre policiais e criminosos no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte. O disparo entrou pelo tórax e saiu pela pata dianteira esquerda.

Nina foi levada às pressas para o posto veterinário municipal da região e, em seguida, transferida para o hospital Jorge Vaitsman, onde passou por cirurgia. Ela recebeu alta nessa quinta (25).