Morre macaquinha baleada no Rio de Janeiro; projétil era um chumbinho
Instituto Vida Livre confirmou a morte da fêmea de macaco-prego baleada na Gávea; animal não resistiu ao tratamento
Caroline Vale
O Instituto Vida Livre informou no domingo (21) a morte da fêmea de macaco-prego batizada como Maria, que havia sido baleada na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, no dia 9.
Segundo o Instituto, o animal não resistiu ao procedimento anestésico realizado para remover o chumbinho, que atingiu a coluna e a deixou paraplégica.
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Ainda segundo o Instituto Vida Livre, a história de Maria expõe a violência enfrentada pelos animais silvestres e a falta de rigor no combate a crimes ambientais no país. "O país que faz leis para proteger seus bandidos, ainda trata os crimes contra sua biodiversidade como algo menor", afirmou em nota.
Na ocasião em que foi baleada, Maria foi resgatada por moradores e levada ao instituto, onde recebeu cuidados veterinários e exames de imagem. Havia expectativa de que uma cirurgia pudesse reverter a paralisia, já que os especialistas acreditavam que a lesão era resultado da compressão de um nervo, mas ela não resistiu.
O Ibama e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) abriram investigação para identificar os responsáveis pelo disparo, que podem responder com multa e até pena de reclusão.