Justiça bloqueia R$ 60 mi de um dos traficantes mais procurados do mundo
Condenado a 500 anos de prisão, criminoso figura na lista de mais procurados da Interpol
SBT News
A Polícia de São Paulo deflagrou, nesta 2ª feira (27.jun), uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro comandado por um dos traficantes mais procurados do mundo. As buscas foram realizadas em endereços ligados ao criminoso, em 11 cidades da Grande São Paulo, do Interior e do Litoral Sul do estado.
O alvo da ação foi João Aparecido Ferraz Neto, conhecido como "João Cabeludo", considerado um nome influente na facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. Condenado a mais de 500 anos de prisão, João está foragido desde 2002, e figura na lista dos mais procurados pela Interpol.
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"Ele está foragido do Brasil, provavelmente, na Colômbia, Bolívia, naquela região, um desses países da América Latina. Mesmo de fora, ele sempre atua através dos seus familiares, dos seus comparsas, ele continua atuando no crime", explica o delegado responsável pela operação, Maurício Druziani.
Segundo as investigações, a fortuna de João Cabeludo está em nome de diversos laranjas, entre eles, três ex-mulheres do traficante. A mansão de uma delas, no ABC Paulista, foi um dos alvos da operação. A casa foi bloqueada pela Justiça. Nas imagens registradas pelos agentes, Valquíria Ferraz aparece em uma luxuosa mesa de jantar ao lado do atual marido, Fernando Pereira, o "Fê Boy", condenado pelo megafurto ao Banco Central, em Fortaleza, em 2005.
Joias e carros de luxo também foram apreendidos na batida policial, um deles avaliado em R$ 2 milhões. Ao todo, mais de R$ 60 milhões em bens de João Cabeludo foram bloqueados pela Justiça. "Bloqueamos aproximadamente R$ 12 milhões em veículos, bloqueamos R$ 40 milhões em imóveis, e 92 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas", acrescenta o delegado Maurício Druziani.
Investigadores afirmam ainda que os negócios do criminoso são bem diversificados. De acordo com a polícia, João Cabeludo é proprietário de uma produtora musical e, um banco digital, com sede na Zona Sul da capital paulista, também foi alvo de busca determinada pela Justiça. Em 2017, um dos filhos do traficante, Erick da Silva Ferraz, foi morto pela Polícia Federal durante um tiroteio em Alagoas.
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