Justiça Britânica adia processo de extradição de Julian Assange para os EUA
Corte garantiu um novo recurso para o fundador do Wikileaks; ele está preso há mais de 10 anos
A Suprema Corte de Londres decidiu nesta terça-feira (26) que Julian Assange poderá apelar do pedido de extradição para os Estados Unidos em uma outra audiência. Na prática, a decisão adia a extradição do fundador do Wikileaks, acusado de espionagem, o que representa uma vitória parcial para ele.
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Dois juízes do Tribunal Superior garantiram a Assange um novo recurso, a menos que as autoridades dos EUA dessem mais garantias sobre o que lhe aconteceria. O caso foi adiado até 20 de maio.
Assange luta contra a extradição do Reino Unido para os Estados Unidos há mais de uma década. O australiano, de 52 anos, é processado por Washington por ter publicado, desde 2010, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas do país norte-americano, incluindo as guerras no Iraque e no Afeganistão.
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Atualmente, Assange está preso na penitenciária de segurança máxima Belmarsh, em Londres. Antes disso, o jornalista passou sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar extradição para a Suécia. Caso seja extraditado aos Estados Unidos, o australiano poderá ser condenado a 175 anos de prisão.