OpenAI lança o1, primeiro modelo de IA que "raciocina" mais rápido que um humano
O sistema, capaz de responder a perguntas mais complexas, representa um passo importante para a criação de uma inteligência artificial semelhante à humana
A tecnologia de inteligência artificial (IA) deu mais um passo para alcançar um nível de raciocínio e pensamento similar ao humano.
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A OpenAI anunciou o modelo de IA o1, o primeiro de uma série projetada para "raciocinar", sendo treinado para responder perguntas complexas mais rapidamente do que qualquer ser humano.
Ele teria desempenho similar ao de estudantes de doutorado em tarefas de física, química e biologia. Segundo a OpenAI, o nome o1 é para "redefinir o contador de volta para 1" e foi criado para mostrar que consegue ser mais eficiente em escrever código e resolver problemas de múltiplas etapas do que seus outros grandes modelos de linguagem (LLM).
Este novo modelo consegue lidar com problemas mais complexos, como codificação e matemática, de forma mais eficiente que seus antecessores, o que justificaria seu raciocínio mais rápido.
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No entanto, ele ainda é mais lento de usar que o GPT-4 e está sendo chamado de prévia pela tecnologia o1. Ele chega a demorar 30 segundos para entregar uma resposta solicitada.
O modelo não se sai tão bem em conhecimento factual sobre o mundo e não tem a capacidade de navegar na web ou processar arquivos e imagens.
Já disponível para assinantes
Os assinantes do ChatGPT Plus e Team já têm acesso ao o1-preview e ao o1-mini. O o1-preview terá limite de 30 mensagens por semana, já o o1-mini, 50 mensagens semanais.
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Todos os usuários gratuitos do ChatGPT também deverão ter acesso à versão o1-mini em breve.
No entanto, para ter acesso ao desenvolvedor do o1, será necessário desembolsar um valor significativo: o o1-preview custa US$ 15 por milhão de tokens de entrada, que são pedaços de texto analisados pelo modelo, e US$ 60 por milhão de tokens de saída.
O GPT-4 custa US$ 5 por milhão de tokens de entrada e US$ 15 por milhão de tokens de saída.
Treinamento diferente
Segundo uma explicação vaga da líder de pesquisa da OpenAI, Jerry Tworek, ao The Verge, o o1 "foi treinado usando um algoritmo de otimização completamente novo e um novo conjunto de dados de treinamento especificamente adaptado para ele".
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Ou seja, outros modelos de GPT imitam padrões dos dados de treinamento, já o o1 foi treinado para resolver os problemas por conta própria a partir da técnica de aprendizado por reforço, que ensina o sistema por meio de recompensas e penalidades.
Depois o o1 utiliza uma "cadeia de pensamento" para fazer as consultas, assim como os humanos pensam nos problemas passo a passo.
A OpenAI afirma que essa técnica faz com que a IA "alucine" menos, ou seja, erra menos e é mais precisa na entrega das respostas.
Parece humano, mas não é
A OpenAI não acredita que o o1 iguale o pensamento do modelo de IA com o pensamento humano, mas tem o objetivo de mostrar como o modelo gasta mais tempo processando e se aprofundando na resolução de problemas.
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“Há maneiras em que parece mais humano do que modelos anteriores", diz a OpenAI ao portal The Verge.