Publicidade
Saúde

SP: Sindicato orienta clubes a suspenderem venda de destilados após intoxicações por metanol

Entidade disse que recomendação é temporária, até que "haja maior clareza sobre a origem do problema"

Imagem da noticia SP: Sindicato orienta clubes a suspenderem venda de destilados após intoxicações por metanol
Sindicato orienta clubes a suspenderem venda de destilados após intoxicações por metanol | Pexels
Publicidade

O Sindicato de Clubes de São Paulo (Sindiclubes) recomendou que os estabelecimentos associados suspendam temporariamente a venda de bebidas destiladas. A medida, segundo a entidade, visa mitigar os riscos após os casos recentes de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas no estado.

+ Tem como identificar uma bebida adulterada com metanol? Especialista explica

“Recomendamos que os clubes suspendam, de forma preventiva e temporária, a venda de destilados, até que haja maior clareza sobre a origem deste problema e a definição de medidas seguras para sua resolução. Essa decisão visa proteger tanto os consumidores quanto a reputação de nossos clubes, demonstrando cuidado e responsabilidade diante de uma questão de tamanha gravidade”, disse o Sindiclubes.

Até o momento, o estado de São Paulo registra uma morte por intoxicação de metanol em bebidas adúlteras, enquanto outras quatro estão sob investigação – quatro na capital e uma em São Bernardo do Campo. No total, segundo a Secretaria de Saúde, há 22 casos de intoxicação denunciados, sendo sete confirmados e 15 suspeitos.

Nesta semana, a Polícia Civil interditou dois bares na capital paulista por suspeita de uso de metanol. Nos locais, localizados no Jardins e na Mooca, foram apreendidas cerca de 100 garrafas de bebidas sem rótulos e sem comprovação de procedência. No caso do estabelecimento dos Jardins, uma mulher de 43 anos sofreu convulsões e relatou cegueira pouco tempo após consumir três caipirinhas no local.

+ SP e PF divergem sobre suspeita de envolvimento do crime organizado nos casos de intoxicação por metanol

Todos os produtos apreendidos foram encaminhados para análise no Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica, que confirmará ou não a presença de metanol. O mesmo foi feito com 40 garrafas de whisky, gin e vodka apreendidas num minimercado no bairro Planalto Paulista, na zona sul da capital. Na região do M’Boi Mirim, uma distribuidora teve a comercialização de bebidas alcoólicas vetada.

Intoxicação por metanol

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar ao óbito. Os principais sintomas são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, o Ministério da Saúde recomenda buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das seguintes instituições:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
  • CIATox da sua cidade para orientação especializada (Contatos disponíveis em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/ciatox );
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país.

+ Cegueira causada por intoxicação de metanol é permanente? Especialistas explicam

“É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A demora no atendimento e identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente”, reforçou a pasta.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade