Força Nacional do SUS investiga casos de gripe e diarreia entre indígenas no Acre
Aumento de doenças em comunidades de Assis Brasil tem provocado mortes de crianças e idosos
Uma equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) começa, nesta segunda-feira (1º), a apoiar a investigação e o tratamento de casos de gripe, síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e diarreia que vêm ocorrendo em comunidades indígenas de Assis Brasil (AC). São dois médicos, dois enfermeiros e dois técnicos, enviados pelo Ministério da Saúde ao Acre após a Secretaria Estadual de Saúde solicitar o auxílio na última quarta (26).
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"Essa é uma missão de entendimento para mapear o que está acontecendo. Os médicos já estão prontos para atender em duas comunidades indígenas, além de fazerem o diagnóstico vivo da situação", disse o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli.
"Estamos preparados e equipados para qualquer remoção que precise ser feita, isso com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Acre".
De acordo com o Ministério da Saúde, um aumento expressivo das doenças tem provocado mortes de crianças e idosos nas comunidades.
As secretarias de Saúde Indígena (Sesai) e de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) da pasta também estão monitorando os casos.
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A Secretaria Estadual de Saúde do Acre informou que as notificações dos casos vêm apontando que crianças de 1 a 5 anos e idosos acima de 60 anos são afetados de forma desproporcional pelas doenças. Houve o registro de mortes entre crianças menores de 5 anos em aldeias locais.
O município tem mais de 7 mil habitantes. A cidade fica na tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia.
O Sistema de Informações da Atenção à Saúde indígena (Siasi) mostra que duas etnias — Jaminawa e Manchineri — residem em Assis Brasil. São 2,1 mil indígenas, distribuídos em 32 aldeias.