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Saúde

Ex-jogador de futebol americano anuncia que está com Parkinson; entenda o que é a doença

Brett Favre foi um dos melhores quarterbacks na história da NFL e venceu um Super Bowl com o Green Bay Packers

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Brett Favre | Reprodução/Redes sociais
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O ex-jogador de futebol americano Brett Favre, de 54 anos, anunciou, nesta terça-feira (24), durante um comitê no Congresso dos EUA, que foi diagnosticado com a doença de Parkinson.

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Brett Favre foi um dos melhores quarterbacks da história do futebol americano, com passagens por Atlanta Falcons, Green Bay Packers, New York Jets e Minnesota Vikings. Com diversos títulos na carreira, Favre foi campeão do Super Bowl XXXI, em janeiro de 1997, pelo time de Green Bay. Em 2016 foi nomeado para o "Hall da Fama" da liga.

Apesar de ter levado diversas "pancadas" na cabeça ao longo de sua carreira, não se sabe se há conexão entre o diagnóstico e seu histórico de concussões — que ele afirmou ter sofrido "milhares" durante suas duas décadas na liga.

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa que foi descrita pela primeira vez por James Parkinson, em 1817, e é muito conhecida por seus principais sintomas: tremores, rigidez e alteração de força. Com o passar dos anos, ela também pode provocar depressão, alterações no sono, equilíbrio e demência.

Segundo Flávio Sekeff Sallem, neurologista e doutor em Ciências pela USP, a doença é extremamente comum em pacientes acima de 65 anos, mas tem se tornado mais frequente em pessoas mais jovens, como é o caso de Favre, que tem 54 anos.

Flávio explica que ainda não foi descoberta a origem da doença, mas ressalta que há alguns fatores de risco para o Parkinson.

"Os fatores de risco mais comuns relacionados à doença de Parkinson são: a idade, fator genético, viver em ambiente rural, consumir água de poço, contato com metais pesados e contatos com agrotóxicos", afirma o neurologista.

Mesmo sem uma confirmação de que os traumas sofridos pelo ex-jogador foram responsáveis pela doença, o médico afirma que esse pode ser o motivo do diagnóstico.

"Doença de Parkinson, sim, pode ser causado por múltiplos traumas cranianos", conta.

Mesmo 200 anos após a descoberta da doença, o Parkinson ainda não possui cura, mas tem tratamento.

Como conviver com Parkinson?

A doença de Parkinson tem uma progressão que acontece ao longo de vários anos e afeta não somente a parte motora, mas também a parte psicológica do paciente.

Atualmente, existem diversos tratamentos que ajudam a diminuir o avanço da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O mais comum é o uso do medicamento Levodopa, mas ainda há outras alternativas.

"Existe a possibilidade de estimulação magnética transcraniana e cirurgia para a doença de Parkinson", conta Flávio Sallem.

O neurologista ainda ressalta que a fisioterapia é extremamente benéfica para os pacientes, sobretudo nos estágios iniciais da doença.

"A fisioterapia é, provavelmente, a intervenção não medicamentosa mais comum e importante no início da doença. Se o paciente está no começo da doença, ele precisa fazer fisioterapia. Ela é fundamental para que o paciente tenha uma melhora no curto prazo e no médio prazo."

Flávio Sallem ainda explica que a doença em si não leva os pacientes à morte, mas que as pessoas podem morrer de complicações decorrentes do Parkinson, como pneumonia, embolia pulmonar e infecções.

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