Exclusivo: Intrigas não vão me separar do Tarcísio, diz Flávio Bolsonaro
Governador de São Paulo afirmou que o senador tem sinalizado disposição para tratativas em diferentes poderes


Hariane Bittencourt
Jessica Cardoso
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta sexta-feira (19) que intrigas não vão separar ele do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em entrevista ao Central de Notícias, do SBT News, Flávio afirmou ainda que a relação entre os dois é sólida e projetada para o longo prazo.
"A nossa aliança é para o futuro, para as próximas décadas, e não tem intriga que vá conseguir separar Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas", afirmou o senador.
Flávio também relembrou que Tarcísio "já manifestou apoio" a sua candidatura à Presidência da República e sinalizou a intenção de disputar a reeleição ao governo paulista.
"[...] não tem nenhum sentido haver uma concorrência entre Flávio Bolsonaro e Tarcisio, já que o presidente Bolsonaro só pode indicar um", afirmou.
Na quinta-feira (18), Tarcísio reiterou publicamente seu apoio a Flávio Bolsonaro. O governador de São Paulo também afirmou que o senador tem buscado se apresentar como alguém aberto ao diálogo e com disposição para manter interlocução institucional ampla.
Segundo Tarcísio, essa postura indicaria que, em caso de eleição, Flávio teria uma atuação voltada à conversa com diferentes poderes e correntes políticas.
Cassação de mandatos
Durante a entrevista, Flávio também comentou as cassações dos mandatos de seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Para Flávio, ainda há espaço para reverter as decisões, desde que o Congresso recupere protagonismo institucional.
“Se o Poder Legislativo se der o respeito em algum momento e voltar a se autovalorizar, não tenho nenhuma dúvida [que é possível reverter] porque esse critério de perda de mandato por faltas ou pelas faltas que virão [...] tem que ser avaliado caso a caso”, afirmou.
Segundo ele, ambos os parlamentares estariam afastados contra a própria vontade.
“São dois parlamentares que gostariam de estar aqui e não estão porque o Brasil não vive uma democracia plena”, disse.
Flávio defendeu ainda a possibilidade de participação remota em situações excepcionais.
“Se até juízes podem votar virtualmente, por que um parlamentar não pode? Um caminho natural seria mudar o regimento interno para permitir isso, sem celeuma”, declarou.









