Estado do Rio de Janeiro decreta epidemia de dengue
Números de 2024 já representam 96% de todos os casos registrados no ano passado e 20 vezes acima do esperado pela secretaria
O governador Cláudio Castro (PL) anunciou nesta quarta-feira (21) que o Rio de Janeiro vive uma epidemia de dengue. Em quase dois meses deste ano, o estado soma 49.405 casos prováveis de dengue, segundo dados atualizados pela Secretaria Estadual de Saúde nesta segunda-feira (19/02).
Os números de 2024 já representam 96% de todos os casos registrados no ano passado e 20 vezes acima do esperado pela Secretaria de Estado de Saúde.
Desde o início de janeiro deste ano, foram confirmados quatro óbitos pela doença em todo o estado. Duas mortes na capital, uma em Mangaratiba e outra em Itatiaia.
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Até quinta-feira (21), um decreto será publicado no Diário Oficial sobre a situação do estado e confirmando a epidemia. O Estado criou um Centro de Operações de Emergências em Saúde (COEs) Dengue para avaliar estratégias de combate à doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue é considerada epidêmica quando as infecções atingem 300 casos para cada 100 mil habitantes.
Os sintomas da doença são febre alta, dores nas articulações, dores atrás dos olhos e manchas na pele.
Município
A prefeitura do Rio de Janeiro decretou no início de fevereiro estado de emergência na saúde pública por conta da epidemia de dengue na cidade. Só no primeiro mês do ano, o município bateu recorde histórico de internações pela doença.
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Para dar conta da demanda no atendimento, a prefeitura anunciou a instalação de polos de atendimento na cidade e 150 centros de tratamento e hidratação.
Eles ficam no Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, nos bairros de Curicica, Campo Grande, Santa Cruz, Del Castilho, Bangu, Madureira, Complexo do Alemão, Botafogo e Tijuca para o enfrentamento da epidemia.
Todos os polos estão preparados para atender pacientes das 7h às 19h.
Veja lista de medidas preventivas para evitar o mosquito:
- Substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixar a caixa d'água tampada;
- Manter limpas as piscinas;
- Remover do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstruir calhas, lajes e ralos;
- Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guardar baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Uso de telas nas janelas.
Repelentes e saneantes
Além das medidas protetivas, a prevenção também pode ser feita por dois tipos de produtos: repelentes para aplicação na pele e produtos para uso no ambiente.
Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa. Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso.
Já os produtos para uso no ambiente, chamados de saneantes, são inseticidas e repelentes. Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Encontrados, principalmente, em spray e aerossol, eles possuem substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes. Os repelentes, por sua vez, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.