Estado do Rio já tem quase 80% dos casos de dengue registrados em todo ano passado
Foram computados mais de 41 mil casos nos 45 dias de 2024; nos 12 meses de 2023 foram 51,5 mil registros

Raíza Chaves
O estado do Rio ultrapassou os 40 mil casos prováveis de dengue apenas nos primeiros 45 dias do ano. As ocorrências representam 79% de todos os registros de 2023.
Segundo os últimos dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, até quinta-feira (15), foram registrados 41.252 casos com 1.304 internações. Em 2023, foram 51.529 suspeitas e 32 óbitos.
Desde o início de janeiro deste ano, foram confirmados quatro óbitos pela doença em todo o estado. Duas mortes na capital, uma em Mangaratiba e outra em Itatiaia.
Epidemia
A prefeitura do Rio de Janeiro decretou no início de fevereiro estado de emergência na saúde pública por conta da epidemia de dengue na cidade. Só no primeiro mês do ano, o município bateu recorde histórico de internações pela doença.
Para dar conta da demanda no atendimento, a prefeitura anunciou a instalação de 10 polos de atendimento na cidade e de 150 centros de tratamento e hidratação.
Eles ficam no Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, nos bairros de Curicica, Campo Grande, Santa Cruz, Del Castilho, Bangu, Madureira, Complexo do Alemão, Botafogo e Tijuca para o enfrentamento da epidemia.
Todos os polos estão preparados para atender pacientes das 7h às 19h.
Veja lista de medidas preventivas para evitar o mosquito:
- Substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixar a caixa d'água tampada;
- Manter limpas as piscinas;
- Remover do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstruir calhas, lajes e ralos;
- Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guardar baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Uso de telas nas janelas.
Repelentes e saneantes
Além das medidas protetivas, a prevenção também pode ser feita por dois tipos de produtos: repelentes para aplicação na pele e produtos para uso no ambiente.
Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa. Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso.
Já os produtos para uso no ambiente, chamados de saneantes, são inseticidas e repelentes. Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Encontrados, principalmente, em spray e aerossol, eles possuem substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes. Os repelentes, por sua vez, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.









