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Saúde

Dia Mundial da Saúde: OMS faz alerta sobre direito à qualidade de vida

No Brasil, nem a pandemia aumentou consideravelmente os gastos governamentais com saúde, segundo a OCDE

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O Dia Mundial da Saúde é celebrado desde 1950 com o objetivo de chamar a atenção para as prioridades da saúde global, e foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a primeira Assembleia Mundial da Saúde.

De lá para cá, todos os anos, uma nova campanha é lançada, com a atenção voltada para a necessidade do momento. Neste 7 de abril, a OMS convida o mundo para construir um planeta mais justo e saudável. O tema do Dia Mundial da Saúde de 2024 é “Minha saúde, meu direito”.

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O tema deste ano foi escolhido para advogar pelo direito universal de acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e informação, além de garantir água potável, ar limpo, alimentação saudável, moradia digna, condições de trabalho e ambientais justas, e liberdade de discriminação em todas as regiões do mundo.

Isso se deve ao fato de que o direito à saúde de muitos está sob crescente ameaça globalmente. Conflitos em curso têm causado devastação, resultando em perdas de vidas, dor, fome e trauma psicológico.

A campanha também destaca a queima de combustíveis fósseis, identificada como um fator na crise climática, privando as pessoas do direito fundamental de respirar ar limpo. A poluição do ar, tanto interna quanto externa, ceifa uma vida a cada cinco segundos.

De acordo com o Conselho de Economia da Saúde para Todos da OMS, embora 140 países reconheçam a saúde como um direito humano em suas constituições, apenas quatro oferecem planos claros de financiamento para alcançá-la.

A saúde no Brasil

Apesar da pandemia da Covid-19, o Brasil não aumentou consideravelmente os gastos governamentais com saúde. Nos anos de 2020 e 2021, o país manteve-se abaixo do índice médio das nações pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Durante o primeiro ano da crise de saúde, o investimento do governo no setor em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 4,2%. Em 2021, ano marcado pela crise global mais severa e pela maior taxa de mortalidade da história do Brasil, esse investimento diminuiu ainda mais, caindo para 4%.

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Esses dados foram revelados pela pesquisa Conta-Satélite de Saúde, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o estudo, os países da OCDE investiram, em média, 7,4% durante o período de dois anos. Enquanto países como Alemanha, França e Reino Unido ultrapassaram os 10% de gastos públicos com saúde, o Brasil fica atrás mesmo quando comparado a outras nações da América Latina. Por exemplo, Colômbia e Chile registraram índices superiores ou próximos a 6%.

Neste dia mundial da saúde, o médico Cristiano Rodrigo de Alvarenga Nascimento, especialista em pneumologia e terapia intensiva e diretor nacional de práticas assistenciais da MedSênior, destaca a importância da medicina preventiva:

“Check-ups regulares, acompanhamento de uma equipe de saúde multidisciplinar, hábitos diários saudáveis, nutrição balanceada, atividade física adaptada à idade e cuidados com sáude mental. É importante considerarmos que o processo de envelhecimento é inerente a todos nós. E o cuidado não é exclusivo desta ou daquela faixa etária. Por isso, o quanto antes a gente começar a prática desses hábitos saudáveis, mais benefícios colhemos ao longo da vida. E é fundamental, também, lembrar-mos de que nunca é tarde para começar.

Segundo o médico, as doenças crônicas são os principais fatores que acometem a qualidade de vida da população: “Neste caso, temos duas linhas importantes de atuação. A primeira é a prevenção de doenças crônicas, com a promoção de uma vida ativa e socialmente engajada. E a segunda é o acompanhamento médico regular, para monitorar e gerenciar a saúde de uma forma pró-ativa, mantendo as doenças crônicas já adquiridas pelo indivíduo compensadas, e com o mínimo impacto na qualidade de vida de cada um”.

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