Câncer de intestino: entenda doença que matou ex-Dominó Klaus Hee

O ex-integrante do grupo musical Dominó Klaus Hee morreu aos 50 anos, nessa terça-feira (4), após uma longa batalha contra o câncer de intestino. O cantor foi diagnosticado com a doença em 2023 e, desde então, estava em tratamento, passou por duas cirurgias, mas a doença se espalhou para o tórax (metástase).

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Klaus ganhou destaque nos anos 1990 como integrante do grupo Dominó, um dos grandes fenômenos musicais da época.

Além da carreira musical, o cantor também trabalhou como modelo e assistente de palco no programa "Passa ou Repassa", do "Domingo Legal", no SBT. Mais tarde, participou do elenco de "A Praça é Nossa". Após se afastar da mídia, ele seguiu a carreira acadêmica e cursou educação física.

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Mudanças nos hábitos intestinais podem ser sinal de atenção

James Van Der Beek, conhecido pelo papel de Dawson Leery na série "Dawson's Creek", falou sobre o diagnóstico de câncer do intestino, em novembro do ano passado, para a revista People. Na entrevista, ele disse que procurou ajuda médica após notar alterações em seus hábitos intestinais. Mesmo após adotar mudanças na dieta, os sintomas persistiram.

"Eu sempre associei o câncer à idade avançada ou a estilos de vida sedentários. Mas eu estava em ótima forma cardiovascular e procurava me alimentar de maneira saudável, pelo menos da forma que conhecia na época", pontuou

Segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, os principais sintomas intestinais são diarreia ou prisão de ventre, sangue nas fezes, vontade frequente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta, dor ou desconforto abdominal, como gases ou cólicas.

Identificar pólipo em fase inicial pode evitar doença

Segundo o oncologista Márcio Almeida, cerca de 98% dos casos de câncer do intestino são o adenocarcinoma. "Esse câncer é o mais comum e se desenvolve do pólipo, uma 'verruguinha' que dá no intestino, que era um adenoma simples, pequeno, que não foi tratado e começou a crescer até se tornar um câncer", explica.

Por isso, segundo ele, o ideal é que a doença seja diagnosticada antes do início dos sintomas, na identificação do pólipo pela videocolonoscopia.

Como a doença não dá sinais no início, o exame a cada cinco anos é essencial para o diagnóstico precoce, segundo o médico. É necessário que ele seja feito partir dos 45 anos de idade, em homens e mulheres, e mais cedo para pacientes com histórico familiar.

Em caso de histórico familiar da doença, as pessoas podem receber o diagnóstico antes dos 50 anos.

Câncer de intestino é o terceiro tipo mais comum no Brasil

O câncer de colorretal ou de intestino atinge cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), e é o terceiro tipo de câncer mais incidente no país. Apesar de ser mais comum em pessoas acima dos 50 anos, os casos têm aumentado na população mais jovem.

Além dos fatores ambientais como tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, há influências genéticas na incidência do câncer de cólon e reto, segundo o Hospital A.C Camargo.

"É uma doença silenciosa. Então, quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura. Quando a gente fala dos primeiros sintomas é só quando já tem alguma doença já instalada", explica o oncologista Márcio Almeida.

Buscas por câncer intestinal com tendência de alta no Google

O interesse de busca pelo assunto "câncer intestinal" está novamente com tendência de alta no Google Brasil, após um pico registrado entre 21 a 24 fevereiro. Os principais assuntos relacionados têm relação com os sintomas da doença. Os dados são do Google Trends.