Ator de Dawson's Creek é diagnosticado com câncer colorretal após notar mudanças intestinais
James Van Der Beek descobriu doença depois de fazer uma colonoscopia; entenda o terceiro tipo mais comum de câncer no Brasil
James Van Der Beek, conhecido pelo papel de Dawson Leery na série Dawson's Creek, falou sobre o diagnóstico de câncer colorretal em entrevista publicada nesta sexta-feira (8) pela Revista People.
+ Saiba como foi jogo suspeito de manipulação que resultou na Operação VAR
O ator de 47 anos disse que o câncer está em estágio 3 e foi descoberto após uma colonoscopia.
"Eu me senti muito bem saindo da anestesia, que finalmente tinha conseguido. Então o gastroenterologista disse, em sua maneira mais agradável, que era câncer. Acho que entrei em choque", disse.
Ele procurou ajuda médica após notar alterações em seus hábitos intestinais e, mesmo de adotar mudanças na dieta, os sintomas persistiram.
+ EUA aprovam exame de sangue que detecta câncer colorretal; entenda
James ressaltou que não esperava um diagnóstico tão sério, especialmente porque não tem histórico familiar de câncer e mantém uma rotina saudável.
“Eu sempre associei o câncer à idade avançada ou a estilos de vida sedentários. Mas eu estava em ótima forma cardiovascular e procurava me alimentar de maneira saudável, pelo menos da forma que conhecia na época”, comentou.
+ Preta Gil vai retomar tratamento de câncer: por que a doença pode voltar?
Câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil
O câncer de colorretal ou de intestino atinge cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), e é o terceiro tipo de câncer mais incidente no país. Apesar de ser mais comum em pessoas acima dos 50 anos, os casos têm aumentado na população mais jovem.
Além dos fatores ambientais como tabagismo, a alimentação inadequada, o sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, há influências genéticas na incidência do câncer de cólon e reto, segundo o Hospital A.C Camargo.
"Algumas famílias têm um histórico de câncer de cólon, com várias pessoas afetadas pela doença e antes dos 50 anos."
“É uma doença silenciosa. Então, quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura. Quando a gente fala dos primeiros sintomas é só quando já tem alguma doença já instalada.”, explica o oncologista Márcio Almeida.
Identificar pólipo em fase inicial pode evitar doença
Segundo Márcio, cerca de 98% dos casos de câncer do intestino são o adenocarcinoma. “Esse câncer é o mais comum e se desenvolve do pólipo, uma 'verruguinha' que dá no intestino, que era um adenoma simples, pequeno, que não foi tratado e começou a crescer até se tornar um câncer”, explica.
Por isso, segundo ele, o ideal é que a doença seja diagnosticada antes do início dos sintomas, na identificação do pólipo pela videocolonoscopia.
Como a doença não dá sinais no início, o exame a cada cinco anos é essencial para o diagnóstico precoce, segundo o médico. É necessário que ele seja feito partir dos 45 anos de idade, em homens e mulheres, e mais cedo para pacientes com histórico familiar.
Para mais informações, acesse o canal do SBT News no Whatsapp. Clique aqui.