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Atletas olímpicos com epilepsia: é possível praticar exercícios físicos com a condição?

Atividades físicas podem ter efeito positivo para as pessoas que recebem o diagnóstico; entenda

Atletas olímpicos com epilepsia: é possível praticar exercícios físicos com a condição?
Atletas com epilepsia conseguem conquistar medalhas olímpicas | Reprodução/Instagram/Wiki
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É possível competir uma Olimpíada com epilepsia? A resposta é sim. Atletas de diferentes modalidades vem conseguindo driblar o diagnóstico ao longo das edições dos Jogos Olímpicos e vencer medalhas mesmo com a condição. Diante de uma doença tão imprevisível, costuma-se pensar que é impossível praticar exercícios físicos. Por isso, o SBT News ouviu um especialista para falar sobre o tema.

+ Dia roxo: caminhada reforça conscientização sobre epilepsia

Segundo o neurologista Flávio Sekeff Sallem, o paciente com epilepsia está apto a praticar exercícios físicos desde que ele tenha capacidade física para isso, já que alguns podem apresentar paralisia cerebral e sequelas em decorrência das crises epilépticas.

+ O que é demência? Jovens podem ter? Saiba sintomas

De acordo com especialista, para aqueles que estão fisicamente aptos é necessário controle rigoroso da medicação, acompanhamento especializado e realização periódica de eletroencefalograma, exame que mede a atividade elétrica do cérebro, de acordo com o neurologista.

A epilepsia é definida como uma tendência de ter crises epilépticas de forma espontânea ou crises epilépticas recorrentes, com intervalo de uma semana ou um mês entre elas.

"Os tipos são definidos a partir da idade que se iniciam os sintomas. Em linhas gerais, são focais, quando se iniciam em um ponto do cérebro ou generalizadas, quando elas não têm um foco e atingem todo o cérebro", explica Sekeff.

O tratamento varia de acordo com o tipo de epilepsia, mas remédios à base de canabidiol (CBD), uma das substâncias encontradas na maconha, tem se mostrado uma alternativa promissora para controlar crises epiléticas.

Exercícios podem ser positivos para quem tem epilepsia

Segundo a professora do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe Lavínia Teixeira, a prática de exercícios físicos pode ter potencial de ajudar a reduzir a predisposição das crises epiléticas, já que a atividade física aumenta a resiliência do cérebro.

Além disso, de acordo com ela, exercícios podem ajudar a reduzir comorbidades associadas à epilepsia, como depressão, ansiedade e problemas de memória.

Conheça alguns atletas

Viktorija Senkutė

Viktorija Senkutė | Instagram
Viktorija Senkutė | Instagram

A remadora lituana Viktoria Senkutė tem 28 anos e foi diagnosticada com epilepsia quando tinha apenas 15. Desde pelo menos 2013 ela vem participando de competições de remo ao redor do mundo, até conquistar a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Segundo o jornal lituano 15min, a atleta chegou a ser considerada "pouco promissora" pelos dirigentes da antiga federação de remo do país e seu financiamento foi cortado.

“Não é uma limitação de forma alguma. Pessoas que têm epilepsia são pessoas normais e ganham medalhas olímpicas”, disse a atleta à BC Epilepsy Society.

Davis Tarwater

Davis Tarwater | Wikipedia
Davis Tarwater | Wikipedia

Davis Tarwater é um nadador norte-americano com 40 anos que ganhou a medalha de ouro no Mundial de Roma 2009 e participou do revezamento 4x200 m livres, onde conquistou o ouro junto com sua equipe nos Jogos Olímpicos de Londres.

Ele foi diagnosticado com epilepsia em sua infância quando já praticava natação e o médico que fazia seu acompanhamento clínico o incentivou a continuar nadando.

Já com o diagnóstico, ele ganhou sua primeira competição aos 10 anos: o borboleta de 50 metros para a faixa-etária na Olimpíada Junior da União Atlética Amadora dos EUA.

Jessica Warner-Judd

Jessica Warner-Judd | Wikipedia
Jessica Warner-Judd | Wikipedia

Warner-Judd é uma corredora inglesa de média e longa distância com 29 anos, idade em que foi diagnosticada quando participava do Campeonato Europeu em Roma e teve uma crise convulsiva durante a disputa dos 10.000m, em junho deste ano. Ela representou a Grã-Bretanha nas Olimpíadas de Verão de 2020 em Tóquio.

A atleta também coleciona vitórias ao longo de sua carreira: ganhou o bronze nos 800 metros no Campeonato Mundial Juvenil de 2011 e uma prata no ano seguinte no Campeonato Mundial Júnior de 2012.

Além disso, é recordista britânica no sub-15 dos 1500 metros.

Dai Greene

Dai Greene | Wikipedia
Dai Greene | Wikipedia

Diagnosticado com epilepsia aos 17 anos, Dai Greene é um atleta britânico com 38 anos, que representou seu país Jogos Olímpicos de Verão de 2012, em Londres.

O atleta foi medalha de prata nos 400m com barreiras no Campeonato Mundial de Atletismo de 2009 em Berlim e campeão da mesma prova outras duas vezes: no Campeonato Mundial de Atletismo, em 2009 em Berlim e nos Jogos da Commonwealth de 2010, em Nova Delhi.

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