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Saúde

Câncer de fígado pode quase dobrar até 2050, mas 3 em cada 5 casos são evitáveis, diz estudo

Principais causas da doença estão relacionadas à hepatite B e C, consumo excessivo de álcool e doenças hepáticas associadas a fatores metabólicos

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Casos de câncer de fígado vão aumentar, mas são evitáveis | Freepik
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O câncer de fígado é responsável por mais de 700 mil mortes por ano em todo o mundo e, segundo uma análise publicada recentemente na revista The Lancet, três em cada cinco casos poderiam ser evitados. O estudo alerta que, se a tendência atual continuar, o número de novos diagnósticos anuais deve quase dobrar nas próximas décadas, passando de 900 mil para cerca de 1,5 milhão em 2050.

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A pesquisa aponta que as principais causas da doença estão relacionadas à hepatite B, hepatite C, consumo excessivo de álcool e doenças hepáticas associadas a fatores metabólicos, como obesidade e diabetes tipo 2. Juntas, as condições ligadas ao álcool e à disfunção metabólica já respondem por quase um terço dos novos casos.

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Câncer de fígado

A doença é o sexto tipo de câncer mais comum e a terceira principal causa de morte por câncer no mundo. A maioria dos casos surge em pacientes com cirrose, estágio avançado de cicatrização do fígado, condição que pode ser desencadeada por vírus, pelo consumo abusivo de álcool ou por acúmulo de gordura no órgão.

Acúmulo de gordura no fígado

Apesar dos avanços na vacinação, triagem e tratamento das hepatites virais, especialistas alertam para o crescimento de casos ligados a hábitos de vida pouco saudáveis. A esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH), estágio avançado da doença hepática gordurosa (MASLD), é apontada como uma das principais preocupações. Essa condição, que pode evoluir de forma silenciosa até causar cirrose e câncer, afeta cerca de 40% dos adultos em todo o mundo.

Um estudo feito pela Universidade do Missouri, nos EUA, mostrou que danos no fígado, podem ser revertidos por intervenções no estilo de vida, como dieta restrita e prática de exercícios. A melhora nos pacientes foi constatada por meio de imagens diagnósticas e biópsias.

Relacionada ao uso de álcool

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Outro ponto de atenção é a doença hepática relacionada ao álcool, que tem crescido nos últimos anos. Dados recentes dos EUA mostram que, mesmo sem aumento significativo do consumo médio de álcool, o risco de desenvolver lesões no fígado entre grandes bebedores mais que dobrou nas últimas duas décadas entre os norte-americanos. Segundo o Hospital Nove de Julho, o consumo diário de mais de 30 gramas de álcool já aumenta o risco de doença hepática

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