Zema diz que pedirá autorização judicial para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar
Governador de Minas Gerais responsabilizou governo Lula por tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos e fez críticas a Eduardo

Gabriel Sponton
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira (11) que pedirá autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
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"Indo a Brasília pretendo visitar, sim, o ex-presidente [Jair Bolsonaro]. Vou pedir autorização judicial", afirmou o governador.
Após discursar no 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio, Zema comentou as medidas adotadas por Minas Gerais para mitigar os efeitos das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos e responsabilizou o governo Lula (PT) pelo "tarifaço", além de acusar acusou o Executivo de estar favorecendo o mercado chinês.
"O governo federal, que foi quem causou esse imbróglio, esse problema, é quem precisa estar socorrendo os setores afetados. [...] O Brasil, no passado, era um país que se relacionava bem com o mundo todo e, infelizmente, nesse governo Lula, nós estamos vendo uma tendenciosidade que nunca havia acontecido, uma agressão gratuita", disse o governador.
Zema, cotado para concorrer à Presidência em 2026, também criticou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possível adversário nas eleições.
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"O que nós vimos aqui foi um presidente que ficou ironizando, que ficou aumentando o tom da crítica, piorando o ambiente de negócios. [...] Cliente a gente paparica, a gente não critica, não briga, não", disse o presidenciável. "Se fosse um presidente bom ele teria ido lá [Estados Unidos] antes do jornal ter publicado a medida."
No evento do agronegócio, Zema condenou a postura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pede novas sanções dos EUA contra o Brasil:
"O interesse de um país, de milhares de empresas, de milhões de trabalhadores, tem de estar em primeiro lugar. Nenhum país pode receber retaliação por causa de uma pessoa, qualquer que seja essa pessoa."