Lula critica tornozeleira a agressor de mulher e lembra tentativa de Bolsonaro remover equipamento
Presidente também defendeu mutirão entre os Poderes para enfrentar avanço dos feminicídios no país


Jessica Cardoso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (8) a possibilidade de substituir a prisão de agressores de mulheres por tornozeleiras eletrônicas.
Durante discurso na Conferência Nacional de Assistência Social, em Brasília, ele afirmou que o mecanismo não garante segurança e citou o caso de Jair Bolsonaro (PL), condenado pela tentativa de golpe de Estado, ao mencionar que o ex-presidente tentou retirar o equipamento.
“Ah, vai colocar tornozeleira, o cara não pode se aproximar de casa, mas quem está dentro de casa sozinha é a mulher. E o safado aparece. E quando ele aparece, aparece mais nervoso. Olha, se até um presidente da República que tentou dar um golpe nesse país tentou tirar a tornozeleira dele, imagina esses”, afirmou.
Lula também disse que muitas vítimas evitam denunciar por medo de retaliação.
"Muitas vezes as mulheres não fazem a denúncia porque elas têm medo de que a vingança seja maior”, disse.
O presidente também declarou que pretende convocar os Poderes para um mutirão voltado à educação e ao enfrentamento da violência contra a mulher. Segundo ele, os homens precisam assumir papel ativo nessa agenda para o país avançar na prevenção e proteção das vítimas.









