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Senado aprova criação de Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas

Projeto de Lei vai à sanção presidencial; por acordo firmado entre senadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá vetar trecho

Senado aprova criação de Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas
Aprovada criação de Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas-Jefferson Rudy/Agência Senado
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O plenário do Senado aprovou, nessa terça-feira (21), o Projeto de Lei (PL) que cria o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas. A votação foi feita de forma simbólica, ou seja, não houve registro individual dos votos. Entretanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que votaram contra o texto os senadores Cleitinho (Republicanos-MG), Eduardo Girão (Novo-CE), Rogério Marinho (PL-RN) e Damares Alves (Republicanos-DF). O projeto segue à sanção presidencial.

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Segundo a proposta — originária da Câmara dos Deputados —, com a criação do programa, anualmente, após o início da campanha de vacinação contra a influenza, as equipes de saúde locais vão às escolas públicas para vacinar as crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, oferecendo os imunizantes previstos para cada idade. A vacinação contemplará vacinas de rotina e de campanha.

As instituições particulares poderão aderir ao Programa Nacional de Vacinação, por meio de manifestação expressa de seu interesse perante o sistema de saúde local.

Discussão

Na sessão plenária, o relator de plenário, senador Marcelo Castro (MDB-PI), informou que, para evitar que o projeto voltasse à Câmara dos Deputados, houve um acordo entre o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o senador Dr. Hiran (PP-RR) para que Castro rejeitasse uma emenda de Hiran aprovada tanto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) como na Comissão de Educação e Cultura (CE). A emenda retirava do projeto o artigo 4º. O acordo prevê que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetará esse artigo ao sancionar a lei.

O artigo 4º estabelece que, após a campanha de vacinação, as escolas têm até cinco dias para enviar à unidade de saúde uma lista de alunos matriculados na instituição que não compareceram para vacinação na escola, com informações de seus responsáveis e endereços.

A instituição de ensino também deve comunicar aos pais ou responsáveis desses alunos a orientação de visitarem uma unidade de saúde. Se os responsáveis não se apresentarem à unidade de saúde em 30 dias após a notificação, ela poderá fazer uma visita domiciliar para conscientizá-los sobre a vacinação.

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Com o acordo firmado entre Jaques Wagner e Hiran, Marcelo Castro votou para rejeitar todas as emendas e aprovar o projeto da forma como chegou da Câmara.

A oposição, porém, resistiu, num primeiro momento, à ideia de votarem com o artigo 4º e aguardarem Lula vetar. "Todos nós somos a favor do Projeto de Lei de campanha nas escolas, mas o artigo realmente é polêmico porque ele induz a obrigatoriedade do pai e da escola. Nem todas as escolas estão prontas para uma campanha de vacinação", argumentou Damares Alves (Republicanos-DF).

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também falou a favor de manterem a emenda de Hiran. "Nós temos sobejas razões, várias razões, para não acreditar que a situação [de que Lula vetará] se confirma. Então, como houve um acordo prévio entre nós [na CAS], eu prefiro confiar em nós do que confiar no governo", pontuou Marinho.

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Jaques Wagner ressaltou que não estava querendo desrespeitar a votação e o acordo feito na Comissão de Asssuntos Sociais para retirada do artigo 4º. Após o combinado com Hiran, acrescentou, a única diferença é que o presidente retiraria o trecho com veto. Ele relembrou que se o projeto voltasse à Câmara, a Casa poderia reintroduzir o artigo.

"Eu, na verdade, estou querendo apressar e garantir o acordo que foi feito aqui", declarou o petista. Segundo Wagner, a ideia de acelerar a ida do projeto à sanção, com o não retorno à Câmara, surgiu porque o governo quer implementar o calendário de vacinação.

Pacheco disse que nunca ocorreu, em sua presidência, de o líder do governo informar que haverá um veto sobre um dispositivo e, depois, o presidente não vetar. Posteriormente, Marinho informou que a oposição concordou em não destacar o artigo 4º e aceitar o acordo de votarem o projeto com o trecho e, posteriormente, Lula vetar.

De acordo com Pacheco, foi o melhor combinado, porque quando o Congresso votar o veto de Lula, o Senado irá mantê-lo ainda que a Câmara derrube.

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