Política

Presidente da CPMI do INSS pede que trabalhos sejam prorrogados por 60 dias

Objetivo é ter mais tempo para analisar documentos e ouvir convocados; parlamentares coletarão assinaturas já nesta semana

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Senador Carlos Viana | Agência Senado
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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse na segunda-feira (1º) que irá solicitar a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias. A ideia é que o colegiado permaneça ativo até maio de 2026, em vez de março.

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Viana alegou que os parlamentares não terão tempo suficiente para concluir os trabalhos da comissão no prazo atual, sobretudo porque a próxima fase será dedicada aos bancos suspeitos de colaborar nos descontos indevidos em pagamento de aposentados e pensionistas. Segundo ele, há um grande volume de documentos e de envolvidos para serem avaliados.

“Nosso objetivo é garantir tempo hábil para ouvir todos, analisar toda a documentação e entregar um relatório completo. Por isso, solicitaremos a prorrogação da CPMI por mais 60 dias, nos meses de abril e maio”, disse Viana. “Iniciaremos imediatamente a coleta de assinaturas para encaminhar o pedido ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre”, acrescentou.

Formada por 15 deputados e 15 senadores, a CPMI iniciou os trabalhos em agosto, cerca de quatro meses após a Polícia Federal expor um esquema de descontos indevidos por parte de entidades nos pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS. As fraudes aconteceram entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões.

O objetivo do colegiado é apurar o caso e responsabilizar aqueles que participaram do esquema, entre entidades, bancos e funcionários do INSS. As investigações apontaram que o esquema se desenrolava em três escalões: operadores que movimentavam o dinheiro, servidores que corrompiam o sistema e políticos que indicavam e protegiam esses desvios.

Até o momento, as descobertas resultaram na prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", e de Alessandro Stefanutto, além de outras quatro pessoas. Ahmed Mohamad Oliveira, ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro (PL), e Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), deputado federal, foram alvos de buscas da Polícia Federal.

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