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Posicionamento político: 40% dos brasileiros não se identificam nem com direita nem com esquerda

Pesquisa revela que 29% dos eleitores se identificam com a direita, enquanto 15% com a esquerda

Posicionamento político: 40% dos brasileiros não se identificam nem com direita nem com esquerda
Foto: Marri Nogueira/Agência Senado
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De acordo com a pesquisa Panorama Político 2024, 40% das pessoas não se identificam com nenhum posicionamento político no Brasil. O estudo, feito pelo pelo DataSenado em parceria com a Nexus, também mostrou que a direita é preferência de 29% dos eleitores brasileiros, enquanto 15% são de esquerda e 11% de centro. Dos 21.808 brasileiros entrevistados, 6% não souberam ou não quiseram responder.

Os números acima não consideram renda familiar, escolaridade, raça, gênero e unidade da Federação de residência.

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Para Elga Lopes, analista de opinião pública do DataSenado, o diagnóstico é especialmente relevante considerando a proximidade das eleições municipais.

“Ainda que as preferências ideológicas sejam um tema de destaque no debate público recente, chama atenção o elevado desinteresse do leitor brasileiro pelos três principais espectros políticos. É expressiva a fatia da população que não se identifica com nenhum deles”, comenta.

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Grupos

Entre os evangélicos, 42% não se identificam com nenhum dos três posicionamentos, 35% se consideram de direita, 9% de centro e 8% de esquerda. Entre os católicos, 39% se consideram neutros, 28% de direita, 15% de esquerda e 10% de centro.

No grupo de outras ou quem não tem religião, direita e esquerda alcançam 21%, seguidas por 13% de centro. Os que não se identificam também são maioria, 41%.

Já entre leitores masculinos, 34% se consideram de direita, contra apenas 24% das brasileiras. O porcentual da esquerda é quase o mesmo entre os gêneros, 15% entre homens e 14% entre mulheres. A preferência pela direita também é mais recorrente entre brancos (32%) do que entre brasileiros autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (26%).

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A falta de preferência é mais comum entre aqueles com renda de até dois salários mínimos (47%). Entre quem ganha de dois a seis salários, o número cai para 35% e chegar a 21% no grupo com renda acima de seis salários mínimos.

Em todas as faixas, a direita supera tanto o centro quanto a esquerda, com apoio de 25% entre os mais pobres e 37% entre os mais ricos.

Quanto maior a escolaridade, mais frequente é a escolha por um dos três espectros políticos. O percentual de eleitores sem preferência cai de 45% entre aqueles com até o ensino fundamental incompleto para 41% para quem ensino médio completo e 28% entre os que estão cursando ou já possuem ensino superior. Entre os graduados, 31% se declaram de direita, 21% de esquerda e 17% de centro.

Região

Rondônia é o estado com mais eleitores de direita, 41%, seguido por Santa Catarina (37%) e Paraná (36%) e Mato Grosso (36%) empatados. Brasileiros de esquerda são maioria em Pernambuco (18%), Rio Grande do Norte (18%) e Ceará (17%). Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo ocupam o terceiro lugar, com 16%. A média nacional é de 15%.

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Cerca de 81% dos brasileiros defendem a responsabilização das donas de redes sociais por conter notícias falsas porque acreditam podem afetar o resultado das eleições.

Para 86% dos eleitores de esquerda e 36% dos eleitores de direita, o resultado das urnas eletrônicas são confiáveis.

A pesquisa foi feita entre 5 e 28 de junho, o nível de confiança é de 95% e a margem de erro para dados nacionais é de 1,22 ponto porcentual.

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