PF encontra pepita de ouro em apartamento de Valdemar Costa Neto
Presidente do PL foi preso por porte ilegal de arma e é investigado por “usurpação ilegal de mineral”
A Polícia Federal encontrou uma pepita de ouro no apartamento do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Conforme os investigadores, a pedra pesa 39,18 gramas, tem 95% de pureza e não possui registro. Por essa razão, ele responderá usurpação ilegal de mineral. A perícia da PF vai buscar identificar a origem do ouro.
O dirigente do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (8) por estar em posse de uma arma ilegal. A detenção ocorreu durante a operação que teve como alvos também Bolsonaro e seu núcleo de aliados mais próximos, inclusive o ex-ministro general Walter Souza Braga Netto.
Denominada Tempus Veritatis, a operação investiga organização criminosa que tentou dar golpe de Estado no Brasil, abolir o Estado Democrático de Direito e manter Bolsonaro no poder.
Nas redes sociais, o assessor de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, confirmou a apreensão e disse que, pela cotação atual, a pepita vale R$ 12.676,56.
Também pelas redes sociais, a assessoria do Partido Liberal informou que a arma de Costa Neto era uma relíquia que estava "esquecida" na casa dele e minimizou a importância da apreensão do ouro, alegando que ele tinha pouco valor comercial.
Eis a nota: "A defesa do presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.
Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente próximo e que foi esquecida há vários anos no apartamento dele.
Em outras palavras:
Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que, segundo a própria auditoria da Polícia Federal, vale cerca de 10 mil reais?"
"QG do Golpe"
Valdemar Costa Neto foi alvo da operação porque a PF identificou, entre outros eventos, que endereço vinculado ao Partido Liberal foi usado para a atuação do chamado "QG do Golpe" e coube a Valdemar, dentro da divisão de tarefas estabelecidas por um Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, financiar, divulgar perante a imprensa e endossar ação judicial que corroborava a atuação de rede de "especialistas" que subsidiaram "estudos técnicos" que comprovariam supostas fraudes nas eleições presidenciais de 2022.
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