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Defesa de Bolsonaro confirma entrega de passaporte

Ex-presidente é investigado por tentativa de golpe de Estado. Almirante Garnier, outro alvo, fez apelo religioso

Defesa de Bolsonaro confirma entrega de passaporte
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que o político entregou o passaporte para a Polícia Federal (PF). O movimento seguiu determinação de investigadores, e foi concluído nesta quinta-feira (8), em caso que apura movimentos para uma tentativa de golpe de estado. As investigações apuram tentativa de destituir o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

+ A minuta, o QG do Golpe no PL e as reuniões no Planalto: como a PF chegou a Bolsonaro

Em comunicado mais recente, a defesa do ex-presidente afirma que a entrega do passaporte se deu antes das 12h, cumprindo determinação para que não possa deixar o país. A informação foi divulgada pelo assessor de Bolsonaro, e ex-Secretário de Comunicação no último governo, Fabio Wajngarten.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mais cedo, também foi divulgado que a ordem estabelecida para que não tenha contato com outros investigados será cumprida. E que Bolsonaro não fez movimentos para deixar o Brasil, com a última saída recente tendo sido para a posse de Javier Milei, eleito na Argentina. Em relação à viagem, Wajngarten afirma que advogados foram ao Supremo para consultar e comunicar o deslocamento.

Publicações oficiais ligadas à operação, em defesa de Bolsonaro, não foram divulgadas até a publicação desta reportagem. No entorno familiar, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro adotou um tom religioso para comentar a operação, em movimentos para exaltar o último governo e de críticas à gestão Lula.

"O pai da mentira segue construindo as suas narrativas... Quem nasceu para ser mitomaníaco jamais será mito", declarou Michelle, em uma postagem divulgada junto a uma notícia do petista comentando a operação. Na fala, o presidente defendeu avanço de investigações e apontou haver indícios de tentativa de golpe.

+ Lula comenta operação da PF e liga tentativa de golpe a Bolsonaro: "Não teria acontecido sem ele"

O mesmo movimento foi adotado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), único filho do ex-presidente a citar a operação desta quinta-feira. O deputado fez uma publicação que insinua os movimentos após uma live que citou o retorno de Bolsonaro e contra um ato em defesa do ex-presidente na cidade de São Sebastião, em São Paulo. “A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Valdemar Costa Neto

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi levado pelos policiais federais durante operação contra ele nesta quinta-feira. A penalidade foi atribuída ao porte ilegal de uma arma, encontrada na casa dele. A expectativa, conforme apurou o SBT, é de que ele consiga pagar a fiança e ser liberado. A arma foi atribuída ao filho de Valdemar, foi considerada ilegal por ter documentos vencidos.

+ Polícia Federal prende em flagrante Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Bolsonaro

Por meio de nota, o vice-líder nacional do PL, deputado Capitão Augusto (SP), defendeu Valdemar, afirmando que ele tem um papel significativo de liderança dentro do partido, com “apoio incondicional e confiança irrestrita” dos correligionários. “Sublinhamos a importância dos princípios de ampla defesa e do contraditório, pilares essenciais de nosso Estado Democrático de Direito. Estamos confiantes de que, em tempo hábil, todas as questões serão devidamente esclarecidas”, diz trecho do documento.

O presidente do PL foi alvo de investigadores pelo uso da sede do partido como um “quartel-general” para elaboração de planos de intervenção militar, conforme citam as investigações.

Almirante Garnier

Com apelo religioso, o almirante Garnier, que também foi foco das investigações pelo período em que comandou a Marinha, disse estar em viagem durante a operação da PF e citou papéis recolhidos como projetos privados. Garnier ainda fez pedidos de oração a ele e ao Brasil. E disse estar em busca de sempre “fazer o que é certo”. Veja a íntegra da nota compartilhada:

“Prezados amigos, participo que face à situação política de nosso país, fui acordado em minha casa hoje, as 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”, pontuou.

Assessores presos

Dois assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram presos preventivamente em meio às ações da PF: Marcelo Câmara e Filipe Martins. Ambos eram próximos ao circulo do então mandatário. A defesa dos dois informa ter entrado com pedido acesso às informações que levaram os dois a serem presos. A solicitação aponta urgência.

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