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Pacheco diz que vai esperar votação do STF para pautar PEC das Drogas

Movimento veio após posição de Roberto Barroso, que disse não haver análise de descriminalização

Pacheco diz que vai esperar votação do STF para pautar PEC das Drogas
Roque de Sá/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (5) que os senadores vão esperar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para avançar com a PEC das Drogas. A posição de Pacheco vem próxima à retomada do julgamento da Corte, previsto para esta quarta-feira (6), e depois do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defender que não há mudança na lei ligada às drogas, mas sim sobre quantidade necessária para diferenciar porte para uso pessoal e tráfico.

+ Julgamento sobre drogas no STF não é sobre “descriminalização”, diz Barroso

“O Supremo Tribunal Federal tem a sua autoridade para decidir aspectos de funcionalidade e nós vamos aguardar a adição do Supremo para ter uma opinião em relação a isso. A questão do uso da substância medicinal, aparentemente nós fomos a favor, qualquer substância que possa gerar algum tipo de proveito à saúde de alguém deve ser explorada, deve ser trabalhada, obviamente com a atuação das autoridades públicas de saúde”, declarou Pacheco.

Apesar da espera, Pacheco voltou a defender a criminalização de drogas, e afirmou que, apesar de falhas, o país não pode permitir descriminalização sem políticas públicas.

No Senado, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que altera a Constituição, foi proposta pelo próprio Pacheco. O texto prevê situações mais duras devido às substâncias, com criminalização do porte e posse de qualquer quantidade de droga. A proposta ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator, senador Efraim Filho (União-PB), pressionou para que o texto fosse votado na quarta-feira, mesmo dia da retomada do julgamento no STF, mas a PEC não foi pautada, até a noite desta terça.

Senadores de oposição também se reuniram com Pacheco com pedido de que a PEC avance, mas o presidente optou pela espera ao STF. A decisão veio após declaração de Barroso. “Não há descriminalização de coisa alguma. Quem despenalizou o porte pessoal de drogas, há muitos anos, foi o Congresso”. O que o Supremo vai decidir é qual a quantidade que deve ser considerada para tratar como porte ou tratar como tráfico”, explicou.

+ Descriminalização das drogas deve ser próximo embate entre Senado e Supremo

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