Pablo Marçal oficializa pré-candidatura à prefeitura de São Paulo
Coach e produtor de conteúdo digital se lançou na disputa pelo PRTB e disse que administração da cidade tem "deixado a desejar"
Pablo Marçal foi oficializado pelo PRTB como pré-candidato à prefeitura de São Paulo nesta sexta-feira (24). As eleições municipais estão marcadas para acontecer em 6 e 27 de outubro (votações de 1º e 2º turno, se houver).
No evento de anúncio, Marçal afirmou que decidiu se candidatar porque a capital paulista precisa de alguém capaz de "gerir e gerar riqueza" no comando do Executivo. Como coach e produtor de conteúdo digital, ele defende o empreendedorismo e os modelos de gestão da iniciativa privada, em discursos que atraíram milhões de seguidores para seus perfis nas redes sociais.
Em referência ao prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), que pretende disputar a reeleição, Marçal afirmou que São Paulo tem "deixado a desejar" e o mandatário é um "herdeiro político, que o povo desconhece", ainda que seja boa pessoa.
Nova tentativa
Marçal se filiou ao PRTB em abril de 2024. O partido não tem representação na Câmara dos Deputados e, portanto, não terá tempo de propaganda eleitoral nas campanhas deste ano. Segundo o pré-candidato, a sigla tem conversado com outros partidos e "o jogo é incerto".
Vale lembrar que, em 2022, o coach tentou ser candidato à Presidência da República por outro partido pequeno, o Pros -- que depois se fundiu ao Solidariedade --, mas uma troca de comando na legenda a levou a apoiar o então presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto e retirar a candidatura própria.
Ele ainda se lançou a deputado federal em São Paulo e recebeu 243 mil votos, mas eles foram anulados após uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) invalidar seu registro eleitoral. Em julho de 2023, Marçal foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de crimes eleitorais e lavagem de dinheiro.
Desde então, ele continua investindo na produção de conteúdo digital e faz críticas políticas, em especial ao governo federal, em suas declarações. Na disputa paulista, ele está mais próximo do espectro da direita e deve rivalizar com os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), que também lançaram suas pré-candidaturas à prefeitura.