Política

Nos 60 anos do golpe militar, Silvio Almeida afirma: 'Ditadura nunca mais'

Ministros do governo lembraram a data de forma discreta neste domingo. Titular dos Direitos Humanos foi o mais incisivo em relação ao golpe de 1964

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Após um dia de posições discretas do governo Lula frente aos 60 anos do golpe militar brasileiro, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, utilizou as redes sociais para se posicionar contra a ditadura. Em publicação na tarde deste domingo (31), Almeida se colocou em defesa da memória e da verdade, e listou motivos contra o período militar: "É preciso ter ódio e nojo da ditadura, como disse Ulysses Guimarães".

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O ministro também aponta no texto que a ditadura é oposta à democracia. E que se colocar contra ela é atuar por um país livre da tortura e do autoritarismo. Silvio Almeida ainda afirmou ter compromisso com a memória e com a verdade e publicou um texto com explicações contra a ditadura.

"Porque queremos um país em que a verdade e a justiça prevaleçam sobre a mentira e a violência. Porque queremos um país livre da tortura e do autoritarismo. Porque queremos um país sem milícias e grupos de extermínio", afirma o titular dos Direitos Humanos.

A publicação de Silvio Almeida, no início da tarde de domingo, foi a mais incisiva entre os ministros do governo Lula. Outros poucos nomes da Esplanada publicaram a respeito da data: o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a ministra Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas e o ministro da Educação, Camilo Santana.

Pimenta se colocou contra o autoritarismo e disse que a defesa da democracia é uma situação diária. Enquanto Guajajara lembrou da causa indígena durante o período militar. "A ditadura promoveu um genocídio dos nossos povos e também de nossa cultura”, destacou a ministra.

Camilo Santana, por sua vez, apontou ser necessária a lembrança do período para que a ditadura não se repita. “A mancha deixada por toda dor causada jamais se apagará. Viva a democracia, que tem para nós um valor inestimável, declarou.

Outros ministros do governo utilizaram as redes sociais, mas em publicações voltadas à Páscoa e em tom religioso. Caso do ministro Márcio França, do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Pedido de Lula em relação ao golpe

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou eventos relativos aos 60 anos do golpe militar por parte de ministérios do governo. A posição pediu para que a Esplanada não fizesse ações em memória ou críticas à ditadura, em tentativa de melhorar as relações com Forças Armadas. O movimento foi alvo de críticas.

O pedido de Lula não se estendeu a declarações ou comparecimento a eventos, conforme apontou, ao SBT News, o assessor especial da Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Nilmário Miranda.

Até a publicação desta reportagem, o próprio presidente Lula não havia se manifestado em relação aos 60 anos da ditadura. Dilma Rousseff havia sido a única ex-presidente a comentar a data. A política lembrou atos de tortura e morte durante o período, e classificou o 8 de janeiro de 2023 como uma tentativa de golpe.

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