Ministro de Lula relaciona atentado a bomba com 8 de janeiro e diz que caso enfraquece PL da anistia
Oposição e ex-presidente Jair Bolsonaro defendem anistia a presos pelos ataques golpistas de 8 de Janeiro de 2023
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, relacionou, nesta quinta-feira (14), os atos golpistas de 8 de Janeiro ao atentado a bomba ocorrido nesta quarta-feira (13).
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"Não tem como você ver essa situação sem relembrar o que foram os atos criminosos preparatórios ao 8 de Janeiro e o 8 de Janeiro, em si. Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal é alvo de uma cultura que estimula o ódio e, infelizmente, leva pessoas a cometer crimes como esse", disse Padilha.
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"Não queremos mais isso, a sociedade brasileira não quer isso. A pessoa pode ter o posicionamento que for, contra o governo outra posição ideológica, mas a sociedade não quer ver gente morrendo, cometendo crimes, vandalismo e atos contra a democracia como vimos no 8 de janeiro e ontem", concluiu.
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Segundo Padilha, o caso também enfraquece as articulações por parte da oposição em avançar com um projeto de lei para anistiar as pessoas presas nos atos golpistas de 8 janeiro.
"Vai ter gente ainda defendendo, mas enfraquece a ideia de anistia. Essas pessoas monitoravam [segundo investigações] o trajeto do presidente, dos ministro. Isso mostra que 8 de Janeiro teve atos criminosos preparatórios. Não pode passar pano para isso", disse Padilha
O PL da Anistia tem o apoio não só da oposição no Congresso, mas conta com diversos pedidos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou, até mesmo, pedir "coração" a Lula para soltar as pessoas que foram presas. Nesta quinta-feira, ele repudiou o ataque e ainda pediu "pacificação".
"Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força", postou Bolsonaro.
O caso
O autor das explosões próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, que disputou o cargo de vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL), em Santa Catarina, não foi eleito e recebeu 98 votos.
De acordo com a investigação, Francisco Luiz" era o proprietário do veículo que explodiu nas proximidades do tribunal, deixando a capital federal em alerta máximo. O responsável pelo atentado morreu após deitar em cima de um dos explosivos colocados por ele na Praça dos Três Poderes.