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Política

Lula pede retirada de tarifas em conversa com Trump, diz Planalto; presidentes concordam em se encontrar presencialmente

Encontro pessoal pode ocorrer na Cúpula da Asean, no fim de outubro; mandatário dos EUA designou Rubio para negociações com Alckmin, Haddad e Vieira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília | Reuters/Adriano Machado
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A conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (6) teve "tom amistoso" e resultou em acordo para que líderes dos dois países se encontrem "pessoalmente em breve". O Palácio do Planalto afirmou que o chefe do Executivo brasileiro pediu retirada do tarifaço de 50% a exportações nacionais e das sanções contra autoridades.

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Em comunicado oficial sobre teor da reunião, o Planalto também afirmou que chefes de Estado "trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação". Lula reproduziu nota do palácio presidencial em postagem nas redes sociais.

Troca de telefones, tarifaço e possibilidade de Lula viajar aos EUA

O Planalto detalhou que Lula recebeu telefonema de Trump na manhã de hoje. Diálogo durou 30 minutos, "quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU". "Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro", continuou o governo.

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Segundo o Planalto, Lula aproveitou contato para "restauração das relações amigáveis de 201 anos" entre os países. O presidente brasileiro citou superávit na balança comercial de bens e serviços com os EUA e pediu recuo no tarifaço e nas medidas contra autoridades nacionais:

"Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras."

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Ainda de acordo com o Planalto, Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para "dar sequência às negociações" de tarifas com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O encontro presencial pode ocorrer durante a Cúpula da Asean, na Malásia, no fim de outubro, por sugestão do presidente brasileiro. Lula voltou a convidar Trump para a conferência climática COP30, em Belém, no mês de novembro, e "também se dispôs a viajar aos Estados Unidos".

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Do lado brasileiro, Lula foi acompanhado na conversa por Alckmin, Vieira, Haddad, pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, e pelo assessor especial Celso Amorim.

Leia nota do Planalto sobre conversa entre Lula e Trump:

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta manhã (6/10), telefonema do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro.

O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.

O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.

Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação. Do lado brasileiro, a conversa foi acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim."

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