Lira afirma que há unanimidade na Câmara por isenção total do IR até R$ 5 mil e parcial até R$ 7.350
Deputado disse que projeto que prevê isenção do Imposto de Renda será votado em 1º de outubro

Gabriela Vieira
O deputado Arthur Lira (PP-AL) disse nesta sexta-feira (26) que há unanimidade na Câmara por isenção total do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e parcial até R$ 7.350.
"Aqui a gente costuma dizer que a unanimidade do projeto é da esquerda à direita, ao mais conservador, é a isenção dos 5 mil e parcial até os R$ 7.350, essa é a parte de unanimidade da casa", afirmou.
Segundo o relator de um dos projetos de isenção do Imposto de Renda que corre no Congresso Nacional, a proposta será votada na próxima quarta, 1º de outubro. O outro projeto, aprovado no Senado Federal no dia 24, de relatoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), também tem o mesmo tema, mas diverge em alguns aspectos.
A diferença das duas propostas é que o texto da Câmara deixa de fora da tributação dividendos cuja distribuição seja definida até dezembro de 2025. O projeto aprovado na CAE afasta a possibilidade de incidência retroativa sobre lucros acumulados até 1º de janeiro de 2026.
Relação entre Poderes
Em entrevista à Câmara dos Deputados nesta sexta, Lira afirmou que não houve "e nem vai haver nenhum tipo de chantagem, nenhum tipo de barganha desse projeto com o outro". Ele também defendeu a relação entre os Poderes.
"Muito embora a gente viva num momento complicado, ninguém pode tapar o sol com a peneira de relacionamento entre Poderes, de relacionamento entre Câmara e Senado, relacionamento entre Executivo e Legislativo", falou.
Ao defender seu projeto, o ex-presidente da Câmara dos Deputados disse que "vai prezar pela discussão e pelo respeito" para discutir o tema.
"O que é que a gente vai prezar na discussão [é] o respeito à questão da isenção e a neutralidade do projeto, a gente não pode querer que o projeto seja arrecadatório, mas não pode querer impor também dificuldades de compensação", acrescentou.
Lira ainda completou que o projeto é de "muita responsabilidade tributária". "De fazer justiça mesmo para as pessoas que recebem menos e pagam muito mais proporcionalmente do que quem ganha muito", afirmou.









