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Política

Fraudes no INSS: governo abre crédito extraordinário de R$ 3,31 bilhões para agilizar ressarcimentos de vítimas

Objetivo é contemplar aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos em benefícios entre março de 2020 e março de 2025

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quinta-feira (17) uma medida provisória (MP) para abrir crédito extraordinário de R$ 3,31 bilhões ao Ministério da Previdência Social. Objetivo é agilizar ressarcimento de aposentados e pensionistas vítimas de fraudes por descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre março de 2020 e março de 2025.

Devolução de valores, como já anunciado anteriormente, começa em 24 de julho, sem precisar entrar na Justiça. Para isso, o beneficiário precisa aderir ao acordo firmado pelo governo federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Adesão pode ser realizada de forma gratuita, sem necessidade de enviar documentos adicionais, tanto pelo aplicativo e site Meu INSS quanto em agências dos Correios espalhadas pelo Brasil (veja mais abaixo).

Pagamentos serão automáticos, em parcela única, ordem cronológica de adesão ao acordo e cairão na mesma conta em que aposentados e pensionistas já recebem benefícios.

Plano do governo é ressarcir 100 mil pessoas por dia, chegando a 1 milhão e meio em até 15 dias, segundo estimativa do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.

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Até terça (15), o INSS já tinha recebido mais de 4 milhões de contestações sobre descontos feitos por entidades associativas em aposentadorias e pensões.

Quando a entidade apresenta documentos ou justificativas para descontos, beneficiário é notificado e pode:

  • Concordar com documentação apresentada e encerrar processo;
  • Contestar por suspeita de falsidade ideológica ou indução ao erro;
  • Afirmar que não reconhece a assinatura que autorizou desconto.

"Se o aposentado contestar a validade da documentação, a entidade será intimada a devolver os valores no prazo de cinco dias úteis e o caso vai passar por auditoria. Se a entidade não fizer a devolução, o beneficiário será orientado sobre as medidas judiciais cabíveis. O INSS está propondo uma parceria com as Defensorias Públicas dos Estados para o apoio jurídico aos beneficiários nesses casos", informa o governo.

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Veja como aderir ao acordo do governo

  • Basta acessar o app Meu INSS ou ir presencialmente a uma agência dos Correios;
  • No Meu INSS, faça login com CPF e senha;
  • Vá ao campo "consultar pedidos" e clique em "cumprir exigência" em cada pedido, se houver mais de um;
  • Navegue na tela até o último comentário, leia texto com atenção e selecione "sim" no campo "aceito receber";
  • Clique em "enviar". E basta aguardar realização do pagamento.
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