Derrite diz que PL Antifacção é uma proposta suprapartidária: "Estou disposto a escutar todos os lados"
Ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo é relator do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado

Gabriela Vieira
O deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) disse nesta segunda-feira (10) que o projeto de lei Antifacção é uma "pauta suprapartidária". O ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), relator da proposta na Câmara, mostrou estar "disposto a escutar todos os lados".
Na rede social X (ex-Twitter), Derrite afirmou que tem conversado com parlamentares, magistrados, membros do Ministério Público (MP), advogados e agentes de segurança "que conhecem as dificuldades e problemas reais". O projeto cria o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado no Brasil, em resposta à megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha que resultou em 121 mortes, em 28 de outubro.
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Derrite assumiu a relatoria do projeto após indicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A proposta do governo propõe o endurecimento das penas, a ampliação dos poderes de investigação e a criação de novos mecanismos de controle sobre o dinheiro e a comunicação de organizações criminosas.
No entanto, ele anunciou que vai apresentar um substitutivo, unindo trechos do texto do governo com pontos do projeto da oposição, já que governistas se mostraram insatisfeitos com a decisão da relatoria. Oposicionistas do Executivo comemoraram a decisão.
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O texto apresentado por Derrite propõe mudanças na Lei Antiterrorismo e na Lei das Organizações Criminosas, prevendo punições mais severas e novos instrumentos de investigação.









