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Política

CPMI do INSS: ex-ministro Carlos Lupi nega ter acobertado fraudes em aposentadorias

Lupi diz que não é denunciado nem citado nas investigações e afirma que esquema foi articulado por associações externas ao ministério da Previdência

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O ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi (PDT) negou nesta segunda-feira (8), em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ter acobertado fraudes em aposentadorias e ressaltou que nunca foi citado nas investigações.

“Quero explicar aos senhores parlamentares que eu não sou denunciado, eu não sou citado, foram feitas dezenas de investigações, foram feitas dezenas de depoimentos e o meu nome sequer era citado. Então, eu estou aqui para colaborar. Não sou investigado e não tenho citação”, declarou.

Ele comandou a pasta entre janeiro de 2023 e maio de 2025, período em que vieram à tona as fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas.

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O depoimento começou pouco depois das 16h, no Senado. Durante sua manifestação inicial, Lupi também afirmou que o esquema foi articulado por associações externas ao ministério, com participação de servidores do próprio instituto.

“Essa ação foi de fora para dentro, ou seja, não era uma ação feita de dentro do INSS com dinheiro público da Previdência Social. Era uma ação feita entre uma parte das associações criminosas com a conivência criminosa de alguns de dentro do próprio INSS que está sendo apurado e que espero eu que sejam presos exemplarmente”, disse o ex-ministro.

Próximos depoimentos

Estão marcados também os depoimentos de José Carlos Oliveira, ex-ministro do governo Bolsonaro, e de dois investigados: o empresário Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”.

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A CPMI

O colegiado é composto por 16 senadores e 16 deputados, além de igual número de suplentes, e tem prazo de 180 dias para apurar as fraudes no INSS.

A comissão investiga os descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas praticados por associações de representação, a partir de 2019. Segundo a Polícia Federal, o prejuízo pode ter chegado a R$ 6,4 bilhões ao longo de seis anos.

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