Política

Câmara nega restrição à imprensa após retirada inédita de jornalistas do plenário

Em nota tardia, Casa atribui confusão a impasse com o Glauber Braga e promete apurar atuação da segurança

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta | Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados alegou nesta quinta-feira (11) que não houve intenção de limitar o trabalho da imprensa ao justificar a retirada de jornalistas do plenário durante a confusão envolvendo o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na sessão de terça-feira (9).

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A manifestação ocorre dois dias após o episódio - o primeiro, desde a redemocratização, em que profissionais de comunicação foram expulsos do plenário durante uma sessão legislativa.

Segundo a Casa, a retirada ocorreu depois que Glauber assumiu a presidência da sessão sem seguir o Regimento Interno e se recusou a deixar a cadeira da Mesa Diretora, o que levou à suspensão dos trabalhos. A Polícia Legislativa então determinou a evacuação de jornalistas, assessores e servidores com base em protocolos de segurança.

Seguindo o regimento, a TV Câmara passou automaticamente a transmitir a reunião da Comissão de Saúde, devido à Motta ter declarado a sessão suspensa.

O episódio gerou forte reação de repórteres e entidades de imprensa, que classificaram a medida como restrição indevida ao acesso a um espaço fundamental da atividade legislativa. Desde terça-feira, havia cobrança por um posicionamento público da Mesa Diretora — que só se pronunciou nesta quinta.

Em nota, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), lamentou os transtornos e afirmou que os relatos dos profissionais serão usados na apuração interna sobre o caso. A Casa reiterou que não buscou limitar a cobertura jornalística, mas reconheceu que irá avaliar eventuais excessos nas ações de segurança.

A Presidência classificou a conduta de Glauber Braga como “inadequada” e responsável por comprometer a continuidade da sessão.

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