Funcionários da Enel são suspeitos de cobrar propina para religar energia em condomínio de Diadema (SP)
Moradores relatam que trabalhadores exigiram até R$ 1 mil para restabelecer o fornecimento de luz; caso é investigado pela Polícia Civil
Antonio Souza
Agência SBT
Três funcionários da Enel são suspeitos de cobrar propina para religar a energia elétrica de um condomínio na Rua São Pedro, 195, em Diadema, no ABC Paulista. O caso ocorreu na manhã desta quinta-feira (11) e está sendo investigado pela Polícia Civil.
Segundo relatos prestados à polícia, os funcionários teriam exigido primeiro R$ 300 e, depois, R$ 1.000 para realizar a religação da luz. O valor não foi pago, e os moradores acionaram as autoridades.
De acordo com o delegado Ricardo Guilherme, do 3º Distrito Policial de Diadema, nenhum dos suspeitos foi detido até o momento.
Um dos empregados da Enel chegou a ser conduzido ao DP para prestar esclarecimentos, mas foi liberado após a polícia concluir que ele não tinha envolvimento com a suposta cobrança irregular.
Um boletim de ocorrência foi registrado, e a Polícia Civil segue na identificação dos funcionários que teriam participado da prática ilegal. O caso será investigado como extorsão ou corrupção passiva, dependendo do avanço das apurações.
O SBT entrou em contato com a Enel para comentar o caso, mas a companhia não respondeu até a última atualização desta reportagem.
Procon-SP notifica Enel após falta de energia
Nesta quinta-feira (11), o Procon-SP notificou a Enel pela demora no restabelecimento da energia na grande São Paulo.
Segundo o Procon-SP, a medida busca verificar a real efetividade das ações da concessionária, que tem afirmado publicamente contar com milhares de equipes de campo atuando na recomposição do sistema.
O órgão destaca que consumidores relatam longas hora, e, em alguns casos, dias de espera pela retomada do fornecimento, o que contradiz as declarações da companhia.
A Enel informou que restabeleceu o fornecimento de energia para cerca de 1,2 milhão de clientes. Cerca de 1,3 milhão de clientes seguem sem luz.
