Política

Comissão de Direitos Humanos do Senado debate violência contra jornalistas na Câmara

Senadores e Fenaj condenaram agressões de policiais legislativos e pedem responsabilização

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CDH do Senado debate violência sofrida por jornalistas na Câmara | Divulgação/Andressa Anholete

Os membros da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal realizaram uma audiência pública nessa quinta-feira (11), com foco na polêmica envolvendo policiais legislativos e jornalistas ocorrida na Câmara dos Deputados na última terça (9).

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Na ocasião, profissionais de imprensa foram retirados do plenário pela Polícia Legislativa durante tumulto para remover à força Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora, quando parlamentar protestava contra possível cassação. Ele acabou punido com uma suspensão de seis meses.

A reunião da CDH foi convocada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e contou com a participação de especialistas, representantes do governo e profissionais de imprensa.

Segundo Paim, a violência contra esses profissionais é um ataque direto à democracia e ao direito da sociedade à informação. Ao prestar solidariedade aos profissionais agredidos na Câmara, o senador classificou o episódio como "absolutamente inaceitável".

"Quando jornalistas são ameaçados, agredidos ou impedidos de exercer seu trabalho, não é apenas um profissional que é violado; é a cidadania, é o direito de todos ao acesso à verdade que é atacado. Minha solidariedade a todos os profissionais de imprensa", disse ele.

A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, cobrou mudanças na postura institucional do Congresso Nacional, a garantia de livre acesso da imprensa ao Parlamento e a responsabilização pelas agressões. Para ela, os profissionais que foram retirados com violência da Câmara dos Deputados "esperam explicações muito claras" sobre a motivação das agressões.

"Nós não podemos naturalizar isso. Num país que se diz democrático, não se pode impedir a imprensa de fazer o seu trabalho", afirmou.

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