Após prorrogação, resultado do inquérito das milícias digitais pode sair perto das eleições de 2024
Investigações envolvem, além de difusão de fake news, suposta tentativa de golpe de Estado, fraude em cartões de vacinação e caso da venda ilegal de joias
A nova prorrogação do inquérito das milícias digitais pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode deixar o resultado das investigações próximo das eleições municipais de 2024. O repórter Ricardo Brandt analisou esse cenário no Brasil Agora desta terça-feira (19), apresentado por Iasmin Costa e Murilo Fagundes.
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Esse inquérito, além de investigar difusão de fake news durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), também reúne outras investigações: tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, fraude em cartões de vacinação na família do ex-presidente e venda ilegal de joias e presentes recebidos pela Presidência no governo passado.
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"É o inquérito guarda-chuva que engloba uma série de investigações, incluindo a operação Tempus Veritatis, que chegou mais próximo de Bolsonaro e seu núcleo", explicou Brandt, em referência à força-tarefa da Polícia Federal (PF) que apura suposta trama golpista.
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A prorrogação decidida por Moraes veio a pedido do delegado da PF que conduz o inquérito.
"Isso leva o final [da investigação] até setembro, outubro, véspera do primeiro turno das eleições municipais. O resultado do inquérito, se de fato chegar neste prazo, vai sair na véspera da eleição, certamente causando bastante tumulto", apontou o jornalista.