Bolsonaro e ex-assessores são alvos de operação da PF
Ex-presidente terá de entregar passaporte; quatro aliados próximos foram presos preventivamente em ação acompanhada por militares
A operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8), teve como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu núcleo de aliados mais próximo, inclusive os ex-ministros general Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil e da Defesa; Anderson Torres, da Justiça; e Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa e ex-Comandante do Exército Brasileiro.
+ OUTRO LADO - Defesa de Bolsonaro confirma entrega de passaporte e diz que cumprirá afastamento de investigados
O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também está na mira das investigações sobre tentativas de manter Bolsonaro no poder.
Bolsonaro tem de entregar o passaporte, para que fique impedido de sair do país. Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente, disse que Bolsonaro irá cumprir a decisão. Ele também não pode entrar em contato com os demais investigados, inclusive seu auxiliar direto, que estava na casa da família em Mambucaba, em Angra dos Reis – mesmo endereço que foi alvo de mandado de busca da Polícia Federal no último dia 29.
+ PF mira ex-ministros e militares do governo Bolsonaro
A ação também cumpre quatro mandados de prisão preventiva. Dois deles, já confirmados, são de Marcelo Câmara e Filipe Martins, do círculo próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Filipe Martins foi assessor de Assuntos Internacionais da Presidência durante o governo Bolsonaro. O coronel Marcelo Câmara era ajudante de ordens do ex-presidente.
Após a prisão, a defesa de Câmara, feita pelo advogado Luiz Eduardo Kuntz, pediu "imediato acesso aos elementos de prova documentados no presente procedimento investigatório".
+ Lula comenta operação da PF e liga tentativa de golpe a Bolsonaro: "Não teria acontecido sem ele"
A Operação Tempus Veritatis para investigar organização criminosa que tentou dar golpe de Estado no Brasil, abolir o Estado Democrático de Direito e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.