Alcolumbre indica que Senado não deve votar indicação de Messias ao STF em 2025: “Este ano, só Orçamento”
Presidente da Casa cancelou sabatina marcada para 10 de dezembro após Lula não enviar mensagem que oficializa indicação


Jessica Cardoso
Márcia Lorenzatto
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), indicou nesta quinta-feira (4) que a análise da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) não ocorrerá em 2025.
Ao deixar o plenário da Câmara após a sessão conjunta do Congresso que aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, o senador ignorou a pergunta sobre a sabatina do advogado-geral da União.
“Este ano, só Orçamento”, afirmou a jornalistas, indicando que não pretende avançar com outras pautas até fim deste ano.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLN 2/25) foi aprovada de forma simbólica e segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto estabelece metas fiscais, parâmetros para gastos públicos e regras de execução, além de um novo cronograma para a liberação de emendas parlamentares em 2026, ano eleitoral.
A LDO também funciona como um guia para o Orçamento ao anteceder e estruturar a Lei Orçamentária Anual (LOA), que detalha quanto o governo poderá gastar e como os recursos serão distribuídos no próximo ano.
Para Alcolumbre, a negociação entre parlamentares e o governo Lula sobre a LDO fez a medida ser colaborativa. “Acho que a gente encaminha muito bem a votação do Orçamento do Brasil neste ano”, declarou.
Indicação de Messias
O impasse envolvendo Messias se intensificou nesta semana. Na terça-feira (2), Alcolumbre cancelou a sabatina marcada para 10 de dezembro, alegando ter sido “surpreendido” pela ausência da mensagem oficial do Executivo que formaliza a indicação.
A falta do documento travou o processo e, nos bastidores, é lida como tentativa do governo de ganhar tempo para consolidar apoio à aprovação do AGU, que vinha se reunindo com senadores em busca de votos.
A escolha de Lula por Messias contrariou Alcolumbre, que defendia a ida do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Supremo para ocupar a vaga aberta com a saída de Luís Roberto Barroso.
O episódio tensionou a relação entre Lula e Alcolumbre. Senadores aliados afirmam que os dois devem se reunir nos próximos dias para tentar destravar a indicação.








