Lula nega problema entre governo e Congresso, mas critica emendas impositivas: "Grave erro histórico"
Presidente classificou recursos empenhados por parlamentares como "sequestrar 50% do orçamento da União"

SBT News
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não haver "problema" do governo federal na relação com Congresso Nacional, mas fez críticas às emendas impositivas, classificando existência delas como "grave erro histórico". Esses recursos são de pagamento obrigatório pela União após indicação de deputados e senadores ao Orçamento da União. "Vocês acham que nós do governo temos problema com o Congresso Nacional? A gente não tem", reforçou o mandatário.
"Sinceramente, não concordo com as emendas impositivas. Eu acho que o fato de o Congresso Nacional sequestrar 50% do Orçamento da União é grave erro histórico, eu acho. Mas você só vai acabar com isso quando você mudar as pessoas que governam e as pessoas que aprovaram isso", acrescentou Lula, em aceno às eleições de 2026.
Presidente discursou na 6ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Lula também reclamou da dinâmica de restrições de gastos públicos no Brasil, a exemplo do arcabouço fiscal, e comparou modelo com o de países desenvolvidos. "Um país que é a oitava economia do mundo não tem direito de ficar criando teto de gastos", criticou.
"Vocês acham que Estados Unidos e Alemanha pensam em teto de gastos?", continuou, defendendo que orçamento federal deve observar investimentos em políticas públicas sociais e crescimento econômico do país.
Relação do governo com Congresso segue estremecida desde indicação do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, por Lula a cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A sabatina, antes programada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para dezembro, foi cancelada e continua sem data. Preferido dele era seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).








