Economia

Congresso Nacional aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026

Proposta prevê superávit de R$ 34,3 bilhões, flexibilização da meta fiscal e calendário obrigatório para pagamento de emendas em ano eleitoral

Imagem da noticia Congresso Nacional aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação da LDO de 2026 | Carlos Moura/Agência Senado
• Atualizado em

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4), em votação simbólica, o texto-base do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 (PLN 2/25). A medida segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

SBT News Logo

Siga o SBT News no Google Discover e fique por dentro das últimas notícias.

Siga no Google Discover

A LDO funciona como um “guia” para o Orçamento: estabelece metas fiscais, critérios para gastos públicos e orientações para a distribuição de recursos. Na prática, ela antecede e estrutura a Lei Orçamentária Anual (LOA), que detalha quanto o governo poderá gastar e como os recursos serão distribuídos no próximo ano.

A proposta aprovada nesta quinta segue o parecer validado na quarta-feira (3) pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), sob relatoria do deputado Gervásio Maia (PSB-PB).

Entre os principais pontos está um novo calendário para pagamento de emendas parlamentares em 2026, ano eleitoral.

Segundo o texto, 65% das emendas destinadas aos fundos de saúde e assistência social, além das transferências especiais, as chamadas emendas Pix, deverão ser pagas até o fim do primeiro semestre de 2026, o que se estende até o início de julho.

O governo inicialmente resistia à obrigatoriedade, mas cedeu diante da insatisfação de parlamentares com o ritmo lento de execução das emendas em 2025.

Segundo o relator, a medida busca garantir previsibilidade para parlamentares e evitar atrasos na liberação de recursos em função das restrições impostas pela legislação eleitoral.

No campo fiscal, a LDO prevê uma meta de superávit de R$ 34,3 bilhões em 2026, equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

O texto também permite que o governo utilize o limite inferior dessa meta, com uma margem de 0,25 ponto percentual para baixo na hora de definir a limitação de gastos, garantindo maior flexibilidade na gestão fiscal.

Durante a votação, o Congresso também manteve a correção do Fundo Partidário a partir do valor autorizado no Orçamento de 2016. A mudança, aprovada inicialmente na CMO, foi alvo de destaque apresentado pelo partido Novo no plenário, mas a medida foi rejeitada.

Com isso, fica mantida a regra que permite reajuste anual de até 2,5% acima da inflação (IPCA), conforme o arcabouço fiscal.

*Esta reportagem está sendo atualizada.

Últimas Notícias