Alckmin pede diálogo com EUA sobre taxação de aço e alumínio
Vice-presidente disse que cotas de importação podem ser uma boa alternativa para tributo
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Camila Stucaluc
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse, na quarta-feira (12), que conversou com a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, para iniciar um diálogo com a gestão de Donald Trump sobre a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Segundo ele, a ação é feita em parceria com a indústria brasileira.
“Vamos procurar o governo norte-americano. Normalmente é o USTR [United States Trade Representative], que é o setor que cuida disso. Como o governo americano acabou de tomar posse, ainda está em aprovação no Congresso os nomes dessa área, mas temos várias interlocuções e vamos procurar, sim, para termos a melhor solução”, disse.
Alckmin ressaltou que o tema deve ser tratado com cautela, mas informou que o governo está trabalhando em alternativas para a taxação. Uma delas, citada por ele, são as cotas de importação – um tipo de barreira alfandegária não tarifária que se caracteriza pela restrição temporária à quantidade de determinado produto importado.
“As cotas são um bom caminho. Enquanto lá atrás foi aumentado o imposto de importação, foram estabelecidas cotas. Esse é um mecanismo inteligente. Se você aumenta o imposto de importação do aço para os EUA, isso tem um efeito na cadeia. Você tem um encarecimento na cadeia. Então o que foi feito anteriormente? Cotas”, disse.
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A preocupação do governo brasileiro em relação à taxação de Trump acontece devido ao comércio entre os países. Isso porque, atualmente, o Brasil é o quarto maior fornecedor de ferro e aço aos Estados Unidos. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que cerca de 54% das exportações dos produtos são para o país.