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Economia

Trump assina decreto que eleva para 25% tarifa sobre importações de aço e alumínio

Aumento vale para produtos de qualquer país, afetando também os parceiros comerciais Canadá e México. Brasil será um dos mais afetados pela taxação

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Presidente Donald Trump anunciou tarifa de 25% sobre aço e alumínio | Shealah Craighead
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O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10), em cerimônia fechada na Casa Branca, o aumento da tarifa sobre importações de alumínio e cobre, de 10% para 25%, como havia anunciado no fim de semana.

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Em mais uma canetada, Trump cancelou as "cotas de isenção" de impostos para os principais fornecedores dos materiais: Canadá, México, Brasil e outros países, segundo informou a agência Reuters. A medida aumenta o risco de uma "guerra comercial multifacetada", ou seja, que afetam exportadores de diversos produtos que hoje alimentam o território norte-americano.

“É é um grande negócio — tornar a América rica novamente”, disse Trump.

O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para o país, ficando atrás apenas do Canadá em 2024. As exportações brasileiras totalizaram 4,08 milhões de toneladas no ano, o que representa 15,5% de todo o aço vendido aos norte-americano, segundo o próprio Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DOC). O valor dessas vendas alcança quase US$ 3 bilhões.

E o Brasil?

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou cautela sobre a nova tarifa do aço e o alumínio, afirmando que o governo só iria se manifestar depois de “decisões concretas” dos Estados Unidos.

“O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos. Então o governo vai aguardar a decisão oficialmente, antes de qualquer manifestação”, disse Haddad.

Em 2024, quase R$ 3 bilhões dos produtos foram comercializados com os EUA.

Em 30 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que haverá "reciprocidade" caso Trump taxe produtos brasileiros. "Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade no Brasil em taxar os produtos importados dos EUA", afirmou Lula no Palácio do Planalto.

No entanto, o SBT News apurou junto a integrantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que essa reciprocidade não deve ser aplicada imediatamente. O presidente Lula optou por cautela antes de adotar uma retaliação.

Por ora, a reação do governo brasileiro será de monitoramento das taxas impostas pelos Estados Unidos. Caso novas tarifas sobre produtos nacionais sejam criadas, a resolução, em um primeiro momento, ocorrerá por vias diplomáticas.

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