Política

Moraes divulga datas de reuniões com BC sobre Magnitsky

Em nova nota, ministro do STF volta a negar pressão a favor do Banco Master e afirma que escritório de sua esposa não atuou na operação com BRB

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Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo | Divulgação/Rosinei Coutinho/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou uma nova nota pública na noite desta terça-feira (23) para esclarecer os encontros que manteve com Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), após recentes acusações de suposta pressão no caso envolvendo o Banco Master.

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Moraes confirmou que realizou duas reuniões em seu gabinete para tratar exclusivamente da aplicação da Lei Magnitsky: a primeira em 14 de agosto, após a aplicação inicial da lei no dia 30 de julho; e a segunda, em 30 de setembro, quando, uma semana antes, a legislação havia sido direcionada à sua esposa, Viviane Barci de Moraes.

O ministro afirmou que “em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão relativa à aquisição do BRB pelo Banco Master”. Ele também negou ter realizado ligações telefônicas sobre o tema e destacou que nunca esteve no Banco Central.

Segundo reportagem da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, divulgada na segunda-feira (22), o presidente do BC teria sido pressionado por Alexandre de Moraes em quatro ocasiões, por telefone e pessoalmente, acerca do Master. O escritório da mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, tem um contrato de prestação de serviços com o banco de Vorcaro que, segundo a reportagem, soma R$ 129 milhões.

Segundo fontes ouvidas previamente pela coluna de Amanda Klein, no SBT News, as conversas entre Moraes e Galípolo foram descritas como “republicanas” e sem elementos de pressão.

Moraes reforçou, na nova nota, que o escritório de advocacia de sua esposa “jamais atuou na operação BRB-Master perante o BC”.

O caso Banco Master, que envolve também disputas no sistema financeiro, tem inflamado os bastidores de Brasília, com narrativas de que os maiores bancos estariam articulando contra Daniel Vorcaro, dono do Master, em um cenário de conflitos de interesses e suspeitas.

Leia nota de Moraes na íntegra:

"O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o Presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnistiky. A primeira no dia 14/08, após a primeira aplicação da lei, em 30/08; e a segunda no dia 30/09, após a referida lei ter sido aplicada em sua esposa, no dia 22/09.

Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto.

Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central."

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