Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle e Anderson, diz PF
Informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para autorizar mandados de busca e apreensão contra o deputado Alexandre Ramagem
A estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada para monitorar Simone Sibilio, ex-coordenadora de uma força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que investigava a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.
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A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para autorizar mandados de busca e apreensão contra o deputado federal e ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O documento aponta que os serviços da “Abin paralela” sob a gestão de Ramagem não foram identificados em sua totalidade, abrindo premissas investigativas para o inquérito realizado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25).
A Controladoria Geral da União (CGU) identificou no servidor um resumo do currículo de Simone Sibilio no caso Marielle, e que o documento possuía “a mesma ausência de identidade visual nos moldes dos relatórios apócrifos da estrutura paralela”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também aponta a existência de uma estrutura paralela da Abin, com a intenção de colher dados sensíveis sobre autoridades e agentes políticos relevantes.
“Além desses casos, é dado supor que outros mais possam ser desvelados mediante pesquisas em lugares e sobre instrumentos utilizados pelos componentes do grupo sob investigação”, manifestou a PGR.
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